Em Timor-Leste, três escolas do ensino básico vão ter aulas nas línguas maternas locais, em distritos onde não são falados tanto o português como o tétum, línguas oficiais do território. O ministro da Educação João Câncio assegura que este projecto-piloto não vai resultar na adoção das línguas locais como línguas de instrução, mas apenas como instrumentos de introdução do conhecimento. Trata-se uma estratégia pedagógica para superar as dificuldades dos alunos que entram na escola, para quem o português é uma língua estrangeira.
Se em Timor-Leste entram as línguas maternas porque o português é língua não materna, na Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, que agora se chama School of Business and Economics, o inglês é língua de instrução há 15 anos e inclusivamente é um dos fatores de exclusão de acesso aos mestrados. O director da school, José Ferreira Machado, diz que assim se consegue atrair muitos jovens que, de outra forma, nunca viriam estudar em Portugal, concluindo que a school faz mais pela língua portuguesa do que muitas outras instituições. É desta maneira que o responsável académico responde à afirmação do constitucionalista Jorge Miranda, na emissão de 1 de Abril do programa Páginas de Português da Antena2, de que o ensino destes cursos em inglês é inconstitucional.
Em português, começaram a 2 de abril as aulas do primeiro curso de português da Ciberescola, em conjunto com o Laboratório de Sistemas de Línguas Faladas do INESC-ID, destinado a aprendentes com, pelo menos, 6 meses de aprendizagem formal do português. Mantêm-se também o acesso à Ciberescola, onde estão disponíveis, para alunos e professores, inúmeras ferramentas para a aprendizagem e ensino do português como língua estrangeira ou língua não materna.
O consultório está encerrado durante o período pascal, mas vão sendo colocadas perguntas já chegadas ao Ciberdúvidas, como esta sobre os antropónimos e o novo Acordo Ortográfico.