Diz-se que é temerário o que age sem temor e até com imprudência, enquanto ao que mostra receio se aplica o adjetivo temeroso. Esta é a diferença que em Portugal parece andar esquecida e que Paulo J. S. Barata relembra no Pelourinho. No consultório, também é tempo de recordar regras: vígil, «desperto», tem o plural vígeis, ou seja, em -eis, como todos os substantivos e adjetivos graves (ou paroxítonos) terminados em -l (cf. réptil/répteis e fácil/fáceis). Revela-se ainda que abestunto é uma variante de bestunto, e que né é o mesmo que «não é?» em final de frase, usado como marcador conversacional. Através do Facebook e por uma aplicação para smartphones (com o apoio da Fundação Vodafone) é igualmente possível aceder a estas e outras perguntas.
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