A globalização é sobretudo feita em inglês (até agora, quis a História que fosse assim) e gera muitas vezes a crença segundo a qual a cultura hegemónica associada equivale a um modelo universal de pensamento e comunicação. O confronto com outras línguas, incluindo a portuguesa, mostra, porém, que existem princípios e formulações alternativas na interação linguística. Ao encontro deste tema, a rubrica O Nosso Idioma divulga uma crónica da autoria do escritor português Miguel Esteves Cardoso, acerca de um exemplo da fraseologia lusitana: «Não! Chama-lhe parvo/parva!» Não contestando a diversidade e a criatividade linguísticas, a linguista Margarita Correia leva ao Pelourinho um caso de desadequação semântica e referencial no discurso jornalístico, decorrente da pressa e do imperativo de escrever um título curto. Ainda na perspetiva da comunicação, comenta-se a frase «há muito tempo que não te via» numa nova resposta do consultório, onde outros tópicos têm igualmente discussão: a história do verbo querer, a aceitabilidade do neologismo espetacularizar, a formação da palavra carrega, o significado do substantivo escambau e o uso de maiúscula no pronome relativo «o qual».
Recordamos que a Ciberescola da Língua Portuguesa e os Cibercursos têm materiais gratuitos para o ensino-aprendizagem do português (língua materna e língua não materna) e promovem cursos individuais para alunos estrangeiros (Portuguese as a Foreign Language). Mais informações no Facebook e na rubrica Ensino.