«O génio da língua portuguesa»
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«O génio da língua portuguesa»
«A faculdade que tem um povo de criar uma forma verbal aos seus sentimentos e pensamentos é que melhor revela o seu poder de carácter [...]. Se a nossa alma, em seu trabalho de exteriorização verbal, se condensou em formas de som articulado, em palavras gráfica e sonicamente originais, também nas obras dos nossos escritores e artistas autênticos se nota uma instintiva compreensão da vida, em perfeito acordo com o génio da língua portuguesa.» A frase tem a assinatura do poeta e filósofo português, defensor do Saudosismo, Teixeira de...
Primeira edição dos cursos em linha na Ciberescola
A Ciberescola da Língua Portuguesa, na secção Cibercursos, dará início, no próximo dia 2 de abril, ao seu primeiro curso em linha — curso de conversação para falantes não nativos do português, com duração de três meses. O curso integra atividades desenvolvidas originalmente pelo Laboratório de Sistemas de Língua Falada do INESC-ID, para além das sessões síncronas. Muito em breve, toda a informação será disponibilizada na página dos Cibercursos, na área Cursos PLE.A lecionação dos cursos em linha da Ciberescola e a plataforma...
Comparações emblemáticas e outros tópicos
Qual o aumentativo de escuridão? Não há processos morfológicos, mas há uma comparação emblemática que cumpre bem a função: «escuro como breu.»Na análise das relações temporais entre eventos numa frase, qual a diferença entre ponto de perspectiva temporal e ponto de referência temporal?Estes são apenas alguns pontos de reflexão propostos na atualização deste dia....
Adjetivo e particípio: relações de afinidade
É comum recebermos perguntas relativas à identificação de classes de palavras. E é natural que, neste âmbito, a distinção entre particípio e adjetivo seja uma das perguntas recorrentes. No entanto, mais importante do que acoplar uma etiqueta classificativa a uma palavra é perceber o alcance dessa classificação na interpretação do sintagma, da frase e da sequência discursiva de que a palavra faz parte.Nesta medida, vale a pena referir o trabalho do linguista espanhol Ignacio Bosque no tratamento sintático-semântico do...
Lheísmo e português do Brasil
Tomara que a tristeza lhe convençaQue a saudade não compensaE a ausência não dá paz...cantava Vinicius de Morais:Na atualização deste dia, está de novo em destaque o uso particular do clítico lhe em alguns registos do português do Brasil:Os falantes brasileiros e o pronome lheNovamente o lheísmo do português do BrasilO uso de lhe como complemento direto...
A hora das completivas
Emerge da atualização deste dia um conjunto de respostas que versa sobre a caracterização e função das orações completivas. Aproveitamos para reunir bibliografia acessível sobre este tópico:• O uso do modo subjuntivo em orações relativas e completivas no português afro-brasileiro• Sobre a selecção de modo em orações completivas• Indicativo e conjuntivo em completivas objecto: contributos didácticos para o ensino do português como língua materna• Agramaticalização em orações completivas de verbos causativos•...
No princípio era a narrativa
A narrativa é a tipologia de texto mais praticada e estudada ao longo de séculos. As histórias são tão antigas como o Homem.A razão disso está na ligação temporal-causal que o discurso narrativo faz entre eventos, na estruturação unificada por laços de pertinência e causalidade, na composição harmoniosa de elementos heterogéneos, permitindo aproximar o indivíduo de uma inteligibilidade da realidade circundante.Na atualização deste dia, reflete-se sobre a diferença entre duas técnicas da arte narrativa: a elipse e a...
Revisitar as origens da língua, o universo de pertença
Um dos temas privilegiados do Consultório tem sido a etimologia onomástica (da antroponímia — os nomes próprios, dos apelidos e nomes de família; da toponímia — da península, da cidade, da vila, da aldeia e de outros locais de referência, assim como a das ruas), índice revelador da necessidade dos falantes de conhecerem melhor o seu espaço de pertença, recorrendo à língua, a pátria comum a um universo alargado a todos quantos a sentem como sua.Tal como qualquer falante comum, num texto publicado em O Nosso Idioma, José Saramago...
Atualização científica
Onde reside a necessidade de os profissionais da língua conhecerem os termos (e noções) constantes no Dicionário Terminológico? Para os professores de português em Portugal, a resposta parece óbvia: porque assim deve ser por força da entrada em vigor dos novos programas (que integram a nova terminologia). Mas há uma razão que subjaz a essa: é que, conhecendo os novos termos, o professor (ou jornalista, ou tradutor, ou editor, etc.) tem posterior acesso a bibliografia atualizada — gramáticas atualizadas, publicações de...
Que não sei mais que lingoagem
Corregedor: No entendo esta barcagemnem hoc non potest esseDiabo: Se ora vos parecesse Que não sei mais que lingoagem Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente Uma coisa é a designação dada pelos estudos filológicos à língua escrita durante a Idade Média no Norte de Portugal e na Galiza; outra coisa é o termo (ou termos) vigente na época para designar a língua — oral ou escrita — dessa(s) comunidade(s). É esta a reflexão que nos traz a resposta Galego-português e galego medieval....
