DÚVIDAS

ARTIGOS

Pelourinho

Excelente a lei. O pior é a sua (não) aplicação

Um caso, entre tantos, da subalternização comercial do português

«As informações  sobre a natureza, características e garantias de bens ou serviços oferecidos ao público no mercado nacional, quer as constantes  de rótulos, embalagens, prospectos, catálogos, livros de instruções para a utilização ou outros meios informativos, quer as facultadas por qualquer meio publicitário, deverão ser prestadas em língua portuguesa.» Isto especifica – e bem – a lei portuguesa*. O pior é o que acontece por regra em Portugal: excelentes leis, péssima a sua aplicação.

É o caso, entre tantos, de quando se precisa de um amplificador de rádio e, adquirido em loja especializada, vem o tal «pior»:  o guia de instruções para a sua ligação com a restante aparelhagem e repetivas colunas de som vem em nove línguas-nove  –  polaco e russo, inclusive! – ... menos em português. E em inglês logo no título.

 

*Artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 238 de 19 de  agosto de 1986.

 

ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa