Controvérsias Acerca dos Estados que são membros A propósito da controvérsia acima referida que tem estado a ter lugar neste interessante e já inestimável espaço, gostaria de dizer o seguinte: sou a favor da simplificação da escrita naquilo que possa estar relacionado com uma mais fácil leitura e comunicação (não confundir com ausência de princípios ou regras, sobretudo no que é estrutural). Nomeadamente de um uso mais parcimonioso e menos reverente das maiúsculas. Fernando Cruz · 31 de março de 1997 · 2K
Pelourinho …à /Èspó/ O dr. José Hermano Saraiva, no programa da televisão pública portuguesa "Horizontes da Memória", em 30 de Março, deu novos "horizontes" à pronúncia da abreviatura Expo. Não tanto pelo /èspó/ (em vez de Êispu), já registado entre as diferentes formas como numerosas personalidades pronunciam mal esta «palavra». Mas porque o /Èspó/, na eloquência do dr. Hermano Saraiva, nos lembra o cómico «No!» de D. Bártolo no "Barbeiro de Sevilha". João Carreira Bom · 31 de março de 1997 · 4K
Pelourinho De Kinshasa... Kinshasa é, a par de Tirana, a capital mais ouvida nos noticiários da rádio e TV das últimas semanas. Pelas mesmas (péssimas) razões, comuns como quase sempre acontece no rodopio informativo internacional feito à medida do-quanto-mais-tragédia-mortes-e-tiros-melhor. Iguais no protagonismo mediático, diferentes porém nos favores da pronúncia. Se quem fala de Tirana não diz "Tirrana" mas Tirana, à portuguesa, porque será que, quando se fala de Kinshasa, só se ouve "Kinshaça" (como se, em português... José Mário Costa · 31 de março de 1997 · 3K
Controvérsias Aumentar de Aumentar — Quando este verbo vem seguido de objeto direto (aumentar o capital, aumentar o valor, aumentar o patrimônio) e do quanto houve de aumento, este quanto vem expresso de várias formas: Aumentou a resistência com mais um batalhão — ... os que aumentam de novos cabedais o patrimônio comum. As mesmas variantes de construção podem aparecer em formas passivas: A qual ficou aumentada com mais de dois mil índios — Teve nova edição em 1794, aumentada de mil frases. Napoleão Mendes de Almeida · 27 de março de 1997 · 5K
Controvérsias Aumentar 50% Aumentar de 50% — Não se diga assim. Diga-se «aumentar 50% », sem a prep. de. —Aumentar significa o mesmo que acrescentar, ajuntar, adicionar, e ninguém diz: «acrescentei, adicionei, ajuntei à renda de 50%», mas sim: «acrescentei, adicionei, ajuntei à renda 50%». Rodrigo de Sá Nogueira · 27 de março de 1997 · 5K
Antologia // Brasil O quimbundo é maneiro? * O número crescente de habitantes nas cidades, a alfabetização mais ampla e o envolvimento do território pela mídia eletrônica colocam a língua portuguesa do Brasil diante de novos dilemas. Não se trata da recente querela sobre a unificação ortográfica do Brasil e de Portugal. Na realidade, o embate entre o português d'aquém e d'além-mar rola há muito tempo no interior do nosso próprio país. Na sessão inaugural da Academia Brasileira de Letras, em 1897, Machado... Luiz Felipe de Alencastro · 27 de março de 1997 · 4K
Pelourinho Um verbo «amaldiçoado» É lamentável que um catedrático de Direito seja citado na imprensa por ter conjugado o verbo intervir como se fosse /interver/, mas compreende-se: o ensino em Portugal está como está, e a escrita das leis é o que se pode ver no «Diário da República». Mais decepcionante, no entanto, é que isso também aconteça num jornal desportivo que Carlos Pinhão e outros jornalistas da «velha guarda» transf... João Carreira Bom · 27 de março de 1997 · 2K
Pelourinho A senhora director Numa época em que a palavra directora já entrou no vocabulário normal de todas as empresas, é, no mínimo, estranho que o banco, com a fama e o proveito de ser tecnologicamente muito avançado em Portugal, demonstre tamanha alergia ao termo directora. Só se é por embirração de princípio de um grupo tão avesso, ainda há pouco tempo, à admissão de mulheres nos seus quadros... José Mário Costa · 24 de março de 1997 · 2K
Controvérsias Estado-Membro ou Estado Membro Em resposta a uma pergunta sobre a grafia mais correcta de Estado membro ou Estado Membro (ambas as hipóteses com ou sem hífen), a vossa resposta parece inclinar-se para a grafia Estado-membro. Sem contestar a justeza de Estado membro (duas palavras distintas) não posso deixar de o fazer em relação a Estado-membro. Isto porque, nas palavras compostas por justaposição, em caso de utilização do hífen, se o primeiro elemento levar maiúscula, o segundo tem obrigatoriamente de a levar. Assi... Frederico Leal · 21 de março de 1997 · 18K