Acordo Ortográfico - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Questões relativas ao Acordo Ortográfico.
A Ordem dos Advogados acima da lei?!
Uma entidade pública que recusa a ortografia oficial

A decisão da Ordem dos Advogados portugueses na não aplicação da norma ortográfica oficialmente em vigor no país desde 2015  é «uma inadmissível provocação» por parte de uma entidade pública, criada pelo Estado e encarregada do desempenho de tarefas públicas de regulação e disciplina da profissão de advogado — considera o constitucionalista Vital Moreira, em texto publicado no blogue Causa Nossa, com a data de 23 de junho de 2022.

 

O brasileiro já é a língua do Brasil?
Presente e futuro da lusofonia

É tempo de o português do Brasil se tornar a língua brasileira? O jornalista e escritor brasileiro Sérgio Rodrigues diz que sim, em crónica publicada na Folha de S.Paulo (12 de maio de 2021), mas o historiador e político português Rui Tavares acha que não (Público, 14 de maio de 202).

Duas posições que, podendo ser antagónicas, concordam como indícios de que algo não corre bem no seio da chamada lusofonia.

Incluiu-se também o que, a propósito desta troca de argumentos, escreveu o jornalista Nuno Pacheco no jornal Público, de 20 de maio de 2021, assim como, sobre esta mesma querela, o texto Afinal, existe 'língua brasileira'?, da autoria do professor Sérgio Nogueira.

O Acordo Ortográfico em tempos de pandemia
Nuno Pacheco vs. Vital Moreira

«[...] Por cá, tudo o que se relaciona com infecções foi amputado de uma letra pelo velho vírus ortográfico (ou “ortogravírus”, como queiram) e passou a infetado, infetada, infecioso, infeção, infeções, infetou, infetar, desinfeção. Pois bem, já que o acordo ortográfico de 1990 é para o universo da língua portuguesa, supunha-se que tal grafia seria comum a todos os países. Mas não. No Brasil, como já aqui se referiu, a norma desta família de palavras não se alterou (está, aliás, igual à que Portugal praticava antes do acordo): infectado, infectada, infectados, infecção, infecções, infecciosas, infectologista, desinfecção», escreveu o jornalista Nuno Pacheco no jornal Público, no dia 16 de abril de 2020.

Rebatendo-o no blogue Causa Nossa, contrapõe o jurista e constitucionalista  Vital Moreira: «O que o autor não diz, propositadamente para criar a confusão, é que no Brasil essas palavras se escrevem com o tal c porque assim se pronunciam, sendo esse um dos vários casos da diferença de pronúncia das mesmas palavras nos dois lados do Atlântico (facto e fatocontacto e contatoperceção e percepçãoetc.)».

Um e outro textos desta controvérsia  ficam disponíveis, aqui e aqui  

 

A avaliação do parlamento português ao Acordo Ortográfico de 1990

Texto de D'Silvas Filho sobre a Avaliação do Impacto do Acordo Ortográfico de 1990, do Grupo de trabalho da Assembleia da República. O texto completo está disponível na página pessoal do autor.

Iniciativas dilatórias de aperfeiçoamento no A090
Sobre a I Reunião do COLP

Comentário de D´Silvas Filho à primeira reunião do Conselho de Ortografia da Língua Portuguesa (COLP)

Escrever com erros não dá multa nem prisão
Sobre a querela revogar vs. melhorar o Acordo Ortográfico de 1990

«Hoje, que tanto se valoriza a inovação e o "pensar fora da caixa", não fica nada bem dizer isto – mas a resistência indignada às regras do Acordo Ortográfico (AO) de 1990 configura, as mais das vezes, uma atitude reacionária. O povo português é em geral conservador no gosto e nos hábitos e convive mal com a mudança.» Quem o afirma é o jornalista José Cabrita Saraiva num artigo de opinião publicado após a aprovação do relatório apresentado pelo grupo de trabalho para a avaliação do impacto do AO90

Revogar ou não revogar o Acordo Ortográfico?
António Jacinto Pascoal vs. Lúcia Vaz Pedro

«Lúcia Vaz Pedro deu uma pálida ideia da sustentação às alterações gráficas para a língua portuguesa [emaranhando-se] numa teia de contradições, optando por um efeito de vitimização que não evitou o espectáculo menor de quem defende a todo o custo e sem qualquer brilho uma das piores opções tomadas ao nível da cultura portuguesa, na última década» escreveu o professor António Jacinto Pascoal num artigo saído no jornal Público no dia 16 de julho de 2019, a propósito dum debate realizado na última Feira do Livro de Lisboa

«Nesse debate, que não o foi – ripostou a professora Lúcia Vaz Pedro em artigo saído no mesmo jornal no dia 19 de julho de 2019  pois foi convocada toda uma plateia, excessivamente participativa, que "limpa os bigodes dos pingos de sopa", houve alguém que quis falar, quis explicar, que se prontificou a esclarecer, a debater (porque da discussão nasce a luz) e foi sistematicamente interrompida, insultada por uma geração "romântica", incapaz de aceitar que todos os "meninos e meninas LVP" deste país escrevem há quase uma década com a grafia que está em vigor.»

Um e outro artigo ficam nesta controvérsia, aqui e aqui 

Imagem recolhida, com a devida vénia, do jornal Público.

Acordo ortográfico? Revogar, claro!
Artigo a propósito de um debate na Feira do Livro de Lisboa

«No decorrer da apresentação da obra Por Amor à Língua, de Manuel Matos Monteiro – escreve o autor em texto, saído no jornal Público no dia 16 de julho de 2019 – Lúcia Vaz Pedro deu uma pálida ideia da sustentação às alterações gráficas para a língua portuguesa.»

Cf. resposta da professora Lúcia Vaz Pedro intitulada Os novos analfabetos do século XXI + Revogar ou não revogar o Acordo Ortográfico?

Os novos analfabetos do século XXI
Resposta da autora ao artigo Acordo Ortográfico? Revogar, claro!
Há quem queira ficar com a nossa língua<br>  e quem, por cá, aplauda
O ultranacionacionalismo linguístico no Brasil

«Demagogia, populismo e mesmo fake news estão em todos os aspetos da política, pelo que estariam, necessariamente, na política da língua», escreve* o jornalista português Henrique Monteiro a propósito de um artigo publicado no "Jornal de Letras" do Brasil propondo o reconhecimento da língua brasileira.


* in Expresso do dia 18 de maio de 2019