Acordo Ortográfico - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Questões relativas ao Acordo Ortográfico.

Os argumentos de quem está muito assustado com o novo Acordo e aparece na liça a combatê-lo são comuns, repetitivos. Rebato-os a seguir, ponto por ponto, mais uma vez.

Sacrifício feito ao Brasil

Aqueles que resistem ao novo Acordo apresentam argumentos nacionalistas, dizendo que há no novo Acordo subserviência ao Brasil.

A revista África 21 publicou, no seu n.º 12, de Dezembro de 2007, um conjunto de quatro textos sobre o Acordo Ortográfico. Aqui ficam eles em linha, com os devidos agradecimentos ao seu director executivo, o jornalista Carlos Pinto Santos.

Malaca Casteleiro: «Desde 1911 que andamos nisto»

Acordo Ortográfico, quem quer adiar de novo?

Andanças da minha escrita

Prós, contras ou assim-assim

 

«Não vai mudar a fundo as coisas. As implicações que isso tem do ponto de vista económico sempre sobram para os países mais pobres.»
Mia Couto, escritor moçambicano

«Para um país como Angola é muito importante aplicar o acordo, porque este vai fazer aumentar a circulação do livro e facilitar a aprendizagem e a alfabetização, que é, neste momento, a coisa mais premente para Angola e Moçambique.»
José Eduardo Agualusa, escritor angolano

Os tementes a Deus, os reverentes da Academia e os assustados da gramática andam numa fona discreteando acerca do Acordo Ortográfico. É lá com eles. Tenho para mim que não vou tirar o P ao Baptista nem desacentuar o advérbio cristãmente, com til a coroar o A. Não vou deixar de entender o Guimarães Rosa, o Graciliano, o Godofredo Rangel, o Rubem Braga, o Mia ou o Luandino por cada um deles escrever do modo, com o tom e o registo fonético, sintáctico ou ortográfico que muito bem desejarem.

Adiar a entrada em vigor do acordo, às portas da sua data inicial, é diplomaticamente pouco sério, quando se trata de aplicar uma decisão do mais alto nível da CPLP

Trabalho em três instituições nas áreas de docência e pesquisa - em Angola, Brasil e Portugal - e, como as matérias são idênticas, procuro usar os mesmos textos, até porque minhas pesquisas têm incidências nas aulas. Não consigo. Em virtude das diferenças ortográficas sou obrigado a modificar os textos para cada um dos casos.

João Malaca Casteleiro em entrevista à revista África 21

Entrevista ao filólogo português João Malaca Casteleiro [ver «Em defesa da Língua», em baixo] nos trabalhos do Acordo Ortográfico começou há mais de duas décadas, no Rio de Janeiro, ao lado do académico brasileiro António Houaiss. Hoje, mantém a defesa da reforma da língua portuguesa e responde com acutilância às argumentações dos adversários do Acordo.

Uma entrevista da autoria do jornalista e escrito angolano João Melo, na revista África 21, de dezembro de 2019.

A adoção das novas regras ortográficas promete criar ruturas e levar a que muitas pessoas deixem de saber qual a forma correta das palavras que escrevem ou leem.

Este texto parece-lhe cheio de erros? Actualmente, sim; mas, em 2018, quando o Acordo Ortográfico entrar em vigor, é assim que vamos escrever. Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe já ratificaram o projeto e em breve o Governo português vai ter de entrar em ação e discuti-lo em Conselho de Ministros.

O linguista Malaca Casteleiro manifestou [no dia 27 p.p.]«estranheza e perplexidade" pelo  adiamento para 2008 da aprovação pelo Governo português do Protocolo Modificativo do Acordo Ortográfico, considerando «lamentável» a decisão.

Em Novembro, em declarações à imprensa na XII Reunião do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, CPLP, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, dera a garantia de que o Protocolo seria ratificado até ao final do ano.

Adiada aprovação do Protocolo Modificativo <br> do Acordo Ortográfico

Apesar do anúncio feito em 2 de Novembro pelo ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado, segundo o qual a aprovação do Protocolo Modificativo do Acordo Ortográfico aconteceria ainda em 2007, o último Conselho de Ministros do ano adiou esse ponto da sua ordem de trabalhos, sem divulgação de nova data para o efeito.

Entretanto, o linguista português Malaca Casteleiro já reagiu negativamente a este adiamento imprevisto, qualificando-o de «lamentável».