Pelourinho - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Registos críticos de maus usos da língua no espaço público.

Já por aqui nos referimos à confusão recorrente entre a expressão «por ventura», que significa «por sorte», «por felicidade», e o advérbio porventura, que significa «possivelmente», «talvez», «por acaso», «por hipótese». Esbarrámos novamente com este erro numa notícia do Expresso sobre o recente <a href="http://www.oje.pt/noticias/economia/tc-chumbou-artigos-no-oe-de...

Uma reflexão à volta da palavra «complicado», uma espécie de muleta linguística usada nas mais variadas situações… de complexa, ou difícil explicação. Crónica do autor, no jornal i de 4 de abril de 2013.

 

Na popularíssima vox populi (é simples, barata, recompensa a preguiça e dá milhões), a palavra que mais se ouve é «complicado». As águas inundaram a casa, o preço da gasolina subiu, o vizinho matou a mulher? Complicado. Muito complicado.

Uma má viagem pelo verbo viajar

Paulo J. S. Barata depara-se com mais um caso da irritante confusão entre uma forma da flexão do verbo viajar e o substantivo viagem.

Deambulando pela programação televisiva que os canais por cabo portugueses disponibilizam, deparo-me com isto:


«Uma equipa de cientistas investiga um buraco no tempo que permite que criaturas pré-historicas e do futuro viagem no tempo provocando o caos no presente.»

Texto publicado no jornal i de 14-03-3013, numa  abordagem do autor ao (mau) emprego do verbo sedear na imprensa portuguesa. Tema que suscitou, já, anteriores controvérsias.
   

Num mundo sem Papa, não houve quem não escrevesse a expressão «sede vacante», que designa a diocese onde falta o prelado, por oposição à «sede plena», ocupada.

No rescaldo de incidentes entre adeptos de duas equipas de futebol, o presidente de um clube confunde cobertura com cobro. Paulo J. S. Barata assinala e analisa o erro.

«Praia acessível»

As palavras estão vivas e vão fazendo o seu caminho. Umas definham e extinguem-se, passando apenas a engrossar o léxico cumulativo dos dicionários. Outras ganham novos significados.

Títulos iguais não significa que os documentos  em causa  sejam sinónimos, como se recorda neste texto do jornalista Wilton Fonseca, na sua coluna no diário i, de 14 de fevereiro de 2013.

O bufete dos advogados

Deambulando pela programação televisiva disponibilizada pela Zon, dei com esta sinopse da série A Firma, que passa no AXN:

«Mitch McDeere, um jovem e brilhante advogado recém saído da faculdade de Harvard vê-se seduzido pelas promessas de um prestigioso bufete de advogados de Memphis. No entanto, passado pouco tempo de entrar, começa a suspeitar que algo estranho passa na tão ilustre firma» (A Firma, T. 1, Ep. 11).

Um  lagar posto a

Em matéria de língua portuguesa, basta estar atento e o insólito aparece mesmo nas situações mais inesperadas. Surge onde está a linguagem e esta está por todo lado. Um dia destes à mesa dei comigo a ler o contrarrótulo de uma garrafa de azeite Esporão. O texto rezava assim:

«Cerca de 146 detidos! A coisa é grave. Além deles, há 52 pessoas feridas! Portanto, os detidos não são pessoas», comenta o antigo diretor da agência de notícias Lusa, na coluna que assina às sextas-feiras no diário português i, sobre o mau uso da língua nos media portugueses.