O barbarismo, até de tanto se ouvir por quantos têm obrigação de o evitar, já se tornou numa inevitabilidade. Mas nem por isso diminui o disparate, nem se absolve a ignorância. Se, no singular, o neologismo líder se pronuncia em Portugal /líder/ por que razão o plural não há-de ser /lídères/ (com acentuação esdrúxula, tal como /repórter/, /repórtères/)?!
Com os telejornais portugueses de novo cheios com a recorrente crise à volta do Iraque, lá se voltou a ouvir a recorrência fatal: "/lídres/" para aqui, "/lídres/" para acolá...
P.S.: No Brasil esta questão não se coloca porque a pronúncia correcta é /líderes/, com os dois ee equivalentes.