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Pelourinho

O tombo do jornalista desconhecido

Mau uso da língua nos media

O túmulo do soldado desconhecido que existe em muitos países é uma homenagem a todos os soldados mortos anonimamente no campo de batalha. Mutatis mutandis, é o que faço hoje com este tombo do jornalista desconhecido, evocando um exército de anónimos prevaricadores.
A ideia ocorreu-me ao ouvir um jornalista (presume-se) referir-se a certo lance num jogo de futebol: «o árbitro reveu o lance e reveu bem».

Dada a dimensão do tombo, decidi anonimizá-lo e juntar-lhe outras contribuições dignas de encarceramento na torre.

À cabeça, outro tombo no mesmo programa: o de alguém que chamou ‘sóleskáér’ ao treinador do ManUnited, certamente por lhe ter escapado que muitos colegas seus já pronunciam correctamente o nome; ‘solchér’. [a pronúncia de Solskjaer está registada aqui, no CJ Online]

A lista de palavras erradamente pronunciadas na rádio e televisâo é loooooonga, mas aproveito este ensejo para distinguir estas, por muito repetidas:

  • /Cólestról/ (em vez de colesterol, com acento só no último o)
  • Melher (em vez de mulher)
  • Órganização (em vez de /ôrganização/)
  • /Ófcial/ (em vez de /ôficia/l)

E em especial uma que é como o sarampo. Parecia já ter sido erradicada, mas voltou em força:

 

  • /Óvinte/ (em vez de ouvinte)
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