Pelourinho - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Português na 1.ª pessoa Pelourinho
Registos críticos de maus usos da língua no espaço público.

Numa peça do Telejornal de 10 de Junho p. p., na RTP 1, falando-se da visita de George W. Bush a alguns países europeus, a jornalista referiu que em Roma foram destacados mais de mil polícias durante a visita do presidente americano e que «no centro da cidade, como antes, na Alemanha o...

A TVI transmitiu um jogo de solidariedade realizado no Estádio José Alvalade, entre futebolistas portugueses e outros de várias nacionalidades. Foi um jogo de futebol organizado pela Fundação Luís Figo, uma fundação portuguesa, realizado em Portugal, transmitido por um canal de televisão português e, naturalmente, visto por milhares de portugueses, não só os que c...

À séria e à balda

O leitor Rui Henriques fez-nos chegar uma observação justa relativamente ao uso da expressão "à séria", em vez de a sério, e deu um exemplo: «os alunos prepararam-se à séria para o evento» (Sol, 2-6-07).

(...)

Recusar ≠ negar

 

 

2007-06-08 - 10:15:00

Estudo da OCDE Governo <s...

Cuidados

 

2007-06-08 - 11:37:00

Os militares portugueses estacionados no Afeganistão foram na noite de quinta-feira alvo de uma emboscada, quando regressavam à base a oeste de Kandahar, segundo um comunicado divulgado  hoje pelo Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas.

O incidente ocorreu por volta das 23h30 locais (20h00, em Lisboa) de ontem e resultou em ferimentos ligeiros em dois dos militares, quando a coluna realizava manobras de evasão.

Legenda no Telejornal da RTP 1 (de 3 de Junho de 2007): «Vanessa Fernandes conquista feito inédito. Vence em Madrid pela vez consecutiva.»

1) Como o substantivo feito significa «acção notável», «façanha», não deve, pois, estar ligado ao verbo conquistar. Não se conquista uma acção ou uma façanha, mas um campeonato, uma taça, uma medalha... Assim, poderia usar-se o verbo realizar ou cumprir.

2) Na escrita do ordinal 5.ª é obrigatório o ponto abreviativo.

«Isto está um caos, só se vê tapumes.»*
A frase correcta seria «Isto está um caos; só se vêem tapumes», pois estamos perante a voz passiva construída com a partícula apassivante se, o que leva a que o predicado concorde com o termo que se lhe segue, o sujeito da voz passiva, tapumes.


* in jornal 24 Horas de  4 de Junho de 2007

Referência no Jornal da Tarde (RTP 1, 3 de Junho de 2007) ao início da época balnear em Portugal: «Este [rapaz] é um dos raros banhistas que hoje

«A GNR explica por que é que não apareceu.»*

Este é mais um dos caso de má utilização do advérbio interrogativo porque, numa oração interrogativa indirecta.

«Porque é que a GNR não apareceu?» seria a interrogativa directa.

De resto, a expressão «porque é que» é sempre constituída pelo advérbio interrogativo (porque) e pela partícula de realce («é que»).

* in matutino 24 Horas de 3  de Junho de 2007

Pergunta* a Paulo Teixeira Pinto, a propósito da assembleia-geral do BCP: «Está confiante de uma assembleia-geral pacífica?»

O adjectivo confiante pede um complemento iniciado pela preposição em. Por isso: «Está confiante na realização de uma assembleia-geral pacífica?»

*Jornal da Noite, SIC, 28 de Maio de 2007