Os cooperantes portugueses em Timor-Leste, «sobretudo os professores», passarão em breve a ter cursos de tétum antes de iniciar a sua missão, afirmou ontem o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação português no final de uma visita àquele país.
João Gomes Cravinho salientou que a formação em tétum será importante «para ajudar os professores a resolverem melhor os problemas dos formandos».
Segundo o secretário de Estado, a obrigatoriedade dos cursos de tétum não resulta de uma avaliação negativa do entrosamento dos cooperantes. «De forma geral, os portugueses conseguem fazer-se entender em português, ou directamente, ou porque num grupo de quatro ou cinco pessoas há sempre alguém que pode fazer de intérprete.» Reconheceu, contudo, que os cooperantes «têm aprendido pouco tétum».
Para o governante, é também necessário que mais portugueses falem tétum na assistência técnica dos ministérios.
João Gomes Cravinho anunciou ainda um reforço de colaboração com a Cooperação Brasileira na promoção da língua portuguesa. Por outro lado, anunciou a atribuição de bolsas (internas) de licenciatura em Língua Portuguesa para timorenses, bem como dez bolsas de mestrado em Portugal para timorenses.
DN de 4 de Setembro de 2007