Textos publicados pela autora
A soneca do revisor
O livro António Victorino d’Almeida 2003 – Músicas da Minha Vida, Lisboa, Dom Quixote. Cada capítulo, dedicado a um compositor/época, é um agregado de notas, comentários, episódios, deambulações e descargas sobre críticos de arte e políticos. O estilo Se lermos o livro num sítio silencioso, ainda o......
Longe de Manaus de Francisco José Viegas.
Alguns aspectos linguístico-textuais da construção de um "não romance policial" 1. Uma questão de género Quando vagueamos numa livraria e somos levados a pegar num livro, procuramos no paratexto, mais ou menos inconscientemente, o género ou tipo textual. Longe de Manaus tem uma nota prévia, colocada mesmo antes da epígrafe: "Um romance policial, como se sabe, tem as suas regras. Este não tem." Ora isto é uma contradição: as regras de um romance policial são regras constitutivas de género. Se este romance não tem essas regras não é um romance policial....
Alguns aspectos linguístico-textuais da construção de um "não romance policial" 1. Uma questão de género Quando vagueamos numa livraria e somos levados a pegar num livro, procuramos no paratexto, mais ou menos inconscientemente, o género ou tipo textual. Longe de Manaus tem uma nota prévia, colocada mesmo antes da epígrafe: "Um romance policial, como se sabe, tem as suas regras. Este não tem." Ora isto é uma contradição: as regras de um romance policial são regras constitutivas de género. Se este romance não tem essas regras não é um romance policial....
Palavras novas
Pergunta: Tenho por hábito inventar palavras novas que, geralmente, não passam do círculo restrito de familiares e amigos, mas espanta-me o uso sistemático (por parte até de figuras públicas, leia-se políticos) de miríades de palavras que não constam dos dicionários, ou que até podem constar mas induzem uma aplicação noutros contextos. Da lista fazem parte verbos muito em voga como "elencar", "compaginar" e "plasmar" ou o mais do que inédito substantivo "implantamento", que ouvi outro dia numa reunião. Serão modismos, erros...
Importa-se de traduzir outra vez?
O que é que esperamos de um título como este Viagem por um País Longo e Estreito (Travel in a Thin Country)1? Esperamos encontrar o que se encontra nos bons relatos de viagem: a experiência vicária de uma ida e de uma chegada; o fascínio sempre renovado pela descoberta de um novo local; a diversidade dos testemunhos recebidos. Tudo isso está no livro. Há, porém, em muitos passos da tradução para o português opções muito questionáveis.
Eis um restrito número de...
O se inerente, outra vez
Pergunta: Agradeço o favor dos vossos comentários às seguintes frases: «... devido a uma árvore que TOMBOU na estrada...» «... de forma que os autocarros ENCHEM rapidamente» «... algumas sarjetas que acabam de ENTUPIR de forma....» Não deveria o verbo assinalado ser precedido por "se"? Fico antecipadamente grato pela vossa resposta.Resposta: O verbo entupir e o verbo tombar não exigem nem admitem se inerente. O verbo encher, quando usado...