Textos publicados pela autora
Modificadores do nome: «invenção japonesa»
Pergunta: Nas frases:
«O 25 de Abril, que todos conhecemos como a revolução dos cravos, é um dia memorável.»
«Os sismos, abalos telúricos, causam tremendos prejuízos.»
«As cartas Magic, uma invenção japonesa, entretêm as crianças com muita imaginação.»
os constituintes «dos cravos», «telúricos», «japonesa» desempenham a função sintática de modificadores ou complementos do nome?
Tenho alguma dificuldade em distinguir estas duas funções sintáticas.
Agradeço, desde já, o esclarecimento.Resposta: Com...
Percentagem e o adjetivo só numa frase negativa
Pergunta: Gostava que, se possível, me explicassem duas dúvidas. Na frase:
«61% dos portugueses não leram um só livro no último ano.»
– O verbo ler deve estar no plural, como está, ou deveria estar no singular (leu) uma vez que o sujeito é 61%?
– O uso do só nesta frase está correto (no sentido de «único») ou no fundo faz com que o sentido da frase seja exatamente o oposto do que o jornalista quer dizer que seria: «61% dos portugueses leram somente um...
Adjetivo vs. nome: «O meu amigo é inglês/ professor»
Pergunta: Nas frases «O meu amigo é inglês» e «O meu amigo é professor», temos inglês como adjetivo e professor como nome, se não me engano.Tenho dificuldade em compreender porquê.
Julgo não poder usar inglês numa comparação como «O João é mais inglês do que o Paulo», tal como não posso dizer «O João é mais professor do que o Paulo», pois ou se tem a nacionalidade inglesa ou não.
Não posso dizer «muito inglês» neste sentido, como poderia afirmar de um adjetivo, tal como...
Falta de concordância temporal numa frase
Pergunta: Tendo em conta a frase:
«Estava a cozinhar uma feijoada, juntei o feijão na água, quando entra pela janela o mais belo pássaro....»
Qual a forma correta desta frase? Existem exemplos de frases onde a discordância verbal seja possível?Resposta: A frase apresentada está correta, constituindo a falta de concordância temporal um uso justificado.
Tipicamente, as orações subordinadas temporais introduzidas por quando contribuem para localizar a situação descrita na oração subordinante...
Modalidade desiderativa: «quero crer que...»
Pergunta: Gostaria de saber qual o valor da modalidade epistémica configurado no seguinte excerto:
«... mas quero crer que nunca como agora se assistiu a uma geração que revelasse tão vasta quantidade de autoras.»
Muito obrigada.Resposta: Na verdade, a frase apresentada não configura a modalidade epistémica, mas antes a modalidade desiderativa ou volitiva.
Ao passo que a modalidade epistémica está relacionada com «graus de certeza ou avaliação de probabilidade acerca do conteúdo proposicional da frase»1, a...
