DÚVIDAS

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Textos publicados pela autora

Consultório

O complemento do nome e as preposições
em «A proposta de que seja declarado ...»

Pergunta: Ouvi o Sr. primeiro-ministro [de Portugal] dizer: «O Governo veio apresentar ao Presidente da República a proposta de que seja declarado o Estado de Emergência com uma natureza ...» Eu diria «...a proposta que seja declarado...» Quando em dúvida faço a pergunta: «que proposta vai apresentar?» e não «de que proposta vai apresentar?» Agradecia uma clarificação deste ponto.Resposta: A frase apresentada está correta, sendo a preposição de opcional. Tal como os...

Consultório

A contração pelos e o encontro de palavras «por os»

Pergunta: Quando posso usar a contração pelos e quando é obrigatório usar «por os»? ObrigadaResposta: De uma forma geral, quando se dá o encontro entre a preposição e o artigo definido, a contração das duas palavras tem lugar: (1) «Eu vou pelo caminho das rosas.» Habitualmente, as preposições que contraem são a, de, em e por. Há, todavia, circunstâncias que podem levar à inexistência...

Consultório

A construção «estar-se ralando para...»

Pergunta: Na frase «Ele acusa-a de, por estar bem de saúde, se estar ralando para o que os outros sofrem...», a expressão «para o que os outros sofrem» desempenha a função sintática de complemento oblíquo ou modificador? Obrigada.Resposta: O constituinte apresentado, retirado de uma frase de um artigo de Clara Ferreira Alves1, desempenha a função sintática de complemento oblíquo. Na frase apresentada, o verbo ralar é usado pronominalmente com o sentido de «não dar importância a». Com este sentido o verbo...

Consultório

Sobre a coerência de «vi um golpe de Estado»

Pergunta: Sobre a adequação (semântica) inerente à expressão "golpe de Estado", não me parece aceitável dizer-se o seguinte: «Estava a passar na rua e VI um golpe de Estado.? Do ponto de vista semântico, perguntava-vos se podemos aceitar a frase ou se ela contraria o princípio da coerência. Obrigado.Resposta: A frase apresentada é aceitável, embora possa ser aperfeiçoada no sentido de traduzir melhor a realidade observada. Poderemos analisar a frase à luz da aspetualidade, no âmbito da semântica temporal. Neste...

Consultório

Análise da frase «o temporal não há meio de parar»

Pergunta: «...O temporal não há meio de parar...» A frase é retirada de uma ficção. O que quero saber é que neste contexto «o temporal» funciona como o sujeito ou um objeto anteposto?Resposta: O constituinte «o temporal» desempenha a função sintática de sujeito do verbo parar. A frase é composta por uma oração subordinante, «não há meio de», e uma oração subordinada, «parar o temporal». Neste caso, o verbo haver está a ser usado como verbo impessoal transitivo, ou seja, trata-se de um...
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