Edno Pimentel - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Edno Pimentel
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Edno Pimentel é professor do ensino secundário em Luanda e assina no jornal Nova Gazeta a coluna Professor Ferrão sobre os usos da língua portuguesa em Angola.

 
Textos publicados pelo autor

Entre os múltiplos sentidos do verbo sentir, em Angola este verbo pode ser usado também para referir o ato de desforra, aplicando de um modo transitivo o significado de sentir como «sofrer a ação de». Nesta crónica do Professor Ferrão, Edno Pimentel conta-nos como aqueles que "se sentem" aproveitam a oportunidade, quando esta surge, para fazerem os outros senti-los de volta.

O Largo da Independência [em Luanda] começou a receber os primeiros fãs a partir das seis horas. Era desde logo previsível que o cenário seria aquele: pais que levaram os filhos, namorados ciumentos agarrados às namoradas, meninas de ‘tchuna baby’, rapazes com calças ‘youki’, enfim… cada um à sua maneira. Tudo para comprar o CD e tirar fotos, diga-se de passagem, com um dos mais queridos grupos de musicais, os Lambas.

«Não entendi o que você

De forma diferente do que se verifica no Brasil na concordância entre tu e a pessoa verbal, em Angola alguns falantes erram na concordância entre o pronome você e o verbo, usando a 2.ª pessoa do singular. Sobre isso nos fala Edno Pimentel em mais uma crónica do Professor Ferrão sobre os usos do português em Angola.

 

 

Não tenho cartão de

Nesta crónica do Professor Ferrão, Edno Pimentel aborda o uso em Angola da forma incorreta "contribuente" para indicar aqueles que pagam as contribuições e os impostos.

 

Por enquanto não é necessário, ou pelo menos ainda não ouvi que aquele cartão fosse indispensável para esta fase do processo de acesso à polícia. Como foi dada uma pausa, o m...

«O carro dormiu aqui fora»

A prosopopeia contemporânea vai além dos animais das fábulas, havendo também objetos que pensam, agem e falam à semelhança das pessoas, como o "carocha"/"fusca" Herbie ou os carros angolanos, que dormem na rua. Mas aquilo que o Professor Ferrão explica, em mais uma crónica de Edno Pimentel, é o uso do verbo dormir para referir passar a noite, seja para os carros estacionados ou para os guardas em serviço noturno.