Sandra Duarte Tavares - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Sandra Duarte Tavares
Sandra Duarte Tavares
59K

É mestre em Linguística Portuguesa pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. É professora no Instituto Superior de Comunicação Empresarial. É formadora do Centro de Formação da RTP e  participante em duas rubricas de língua oortuguesa: Agora, o Português (RTP 1) e Jogo da Língua (Antena 1). Assegura ainda uma coluna  mensal  na edição digital da revista Visão. Autora ou coa-autora dos livros Falar bem, Escrever melhor e 500 Erros mais Comuns da Língua Portuguesa e coautora dos livros Gramática Descomplicada, Pares Difíceis da Língua Portuguesa, Pontapés na Gramática, Assim é que é Falar!SOS da Língua PortuguesaQuem Tem Medo da Língua Portuguesa? Mais Pares Difíceis da Língua Portuguesa e de um manual escolar de Português: Ás das Letras 5. Mais informação aqui.

 
Textos publicados pela autora
Amiguinhos do verbo <i>pôr</i>, mas…  <br> sem o “adereço” gráfico dele

 

 

O verbo pôr tem direito a um "adereço" gráfico, mas os seus amiguinhos nem tanto. Será tão difícil entender uma regra que vem de… 1945 (portanto sem a “desculpa” do Acordo Ortográfico)?

Impor, repor, contrapor, pressupor, propor, supor NÃO TÊM qualquer acento circunflexo!

«Programa do XIX Governo Constitucional elege, no plano do desenvolvimento dos recursos humanos da educação, a necessidade de uma seleção inicial de professores que permita integrar no sistema educativo aqueles que estão melhor preparados e vocacionados para o ensino, designadamente através da realização de uma prova.»

  Decreto-Lei n.º 146/2013 de 22 de outubro, Ministério da Educação e Ciência

Apresente-se sem nódoas linguísticas!

Sandra Duarte Tavares, consultora do Ciberdúvidas, reúne uma série de recomendações para escrever uma boa carta de apresentação (texto publicado no Diário de Notícias, suplemento DN Classificados, de 25/08/2013).

 

Escrever com clareza, rigor e correção linguística é, nos dias de hoje, uma autêntica prova de esforço. E no meio empresarial, ou institucional, creio poder ser um fator decisivo na seleção de um candidato a um emprego.

 

A interrogação-surpresa do título em cima é minha – e a afirmação é de Luís Osório, autor da opinião que se pode ler aqui. O título, confesso, desafiou-me a lê-lo num ápice, deixando-me, porém, verdadeiramente perplexa: estudar gramática nas aulas de Português é um crime contra o futuro?! Estudar sintaxe não estimula o pensamento?! Conhecer a estrutura e o funcionamento da língua não serve para saber escrever com rigor e correção?!

A dicotomia correto/incorreto tem sido uma questão amplamente debatida na literatura, encontrando defensores, mas também muitos opositores.

De um lado, situam-se os normativos, puristas da língua, cuja correção linguística decorre do rigoroso cumprimento da norma escrita, fundada no exemplo dos clássicos da literatura. De outro lado, situam-se os linguistas descritivos, que privilegiam a variação linguística, com base na frequência do uso e cuja máxima é «o povo é quem faz a língua». (...)