DÚVIDAS

As regências de caminho e guia
[...] [E]m muitos dos [livros de Geshe Kelsang Gyatso traduzidos por certa editora brasileira] encontramos a expressão «caminho à iluminação» (ex. «O caminho à iluminação é um dos objetivos dos ensinamentos de buda.») ou, no caso de um dos títulos, encontramos Novo Guia à Terra Dakini. Tanto num caso como no outro, parece-me que a preposição correta a utilizar seria para, ou seja «caminho para a iluminação» e Novo Guia para a Terra Dakini. Gostaria de conhecer a vossa posição. Obrigado.
«Em que» numa oração relativa
Gostaria muito de saber a função ou classificação da locução «em que» retirado de um versículo bíblico: «Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós , sendo nós ainda pecadores.» (Romanos 5:8)1    1. N.E.: Versículo retirado de uma versão em linha da Bíblia Almeida Corrigida Fiel, a qual, por sua vez, se baseia na tradução do Novo Testamento por João Ferreira de Almeida (1628-1691), sacerdote português convertido ao protestantismo. À frase bíblica em causa deu-lhe o referido autor a seguinte formulação (mantém-se a grafia seiscentista): «Mas Deus encarece sua charidade pera com nosco, que Christo morreo por nós, sendo nós ainda pecadores.» No exemplo apresentado na questão, escreve-se corretamente conosco, forma normativa brasileira que, no português de Portugal, corresponde à grafia connosco,
Enamorar-se: norma e evolução de uso
Venho parabentear-vos por este vosso esforço em prol da língua portuguesa e, ao mesmo tempo, questionar-vos sobre uma particularidade da regência de enamorar. Na pergunta «A regência de enamorar-se», [...] vós respondestes que «A regência correcta de enamorar-se é com a preposição de.» No entanto, pesquisei na Internet e encontrei vários sítios que regem enamorar-se com a preposição por, tal como a regência de apaixonar-se. Serão erros desses mesmos sítios ou a regência de enamorar-se está a mudar e está a começar a aceitar essas duas possibilidades? Pergunto isto porque tive um professor de linguística na faculdade que me dizia que o idioma não é feito pelas convenções, mas sim pelos falantes do mesmo. Desde já, muito obrigado pelo vosso auxílio.
Nomes e modificadores coordenados
A minha dúvida prende-se com a forma correta de empregar o plural ou singular com as conjunções e e ou. Por exemplo, qual a forma correta de apresentar a seguinte frase? – A informação deve ser registada nos impressos A ou B. Ou – A informação deve ser registada no impresso A ou B. É que apesar de se referirem dois impressos na frase, não se usa a conjunção e, mas sim, a ou, destacando que se usará um em alternativa ao outro.
Regularmente, um modificador de grupo verbal
Na frase «Eles jogam golfe regularmente.», «regularmente» é modificador de grupo verbal ou modificador de frase? Eu diria, em primeira análise, que é de grupo verbal, porque, a meu ver, pode ser interrogado e negado: É regularmente que eles jogam golfe? Eles jogam golfe não regularmente. Além disso, não se trata de uma intervenção do interlocutor, mas sim da constatação de um facto. Creio que está ao mesmo nível que «diariamente» na frase «Eles treinam diariamente futebol.» No entanto, têm-me dito que é de frase e estou baralhada, porque não percebo porquê… Podem ajudar-me?
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