DÚVIDAS

Forrobodó, farrobodó e farrabadó
O Expresso de [3/09/2018] usa a expressão «regressa o forrobodó». Eu contestei: «Lastimo mas diz-se FARROBODÓ. Vem de Joaquim Pedro Quintela, 1.º Conde de Farrobo. Era o nome dado às festas sumptuosas da sua Quinta das Laranjeiras, actual Zoo de Lisboa e palacete onde está o Teatro Thalia por ele construído.» Um amigo comentou: «Mas nos dicionários Diciopédia, Michaelis, Priberam e Linguee, assim como no Portal da Língua Portuguesa (ILTEC), está "forrobodó"...» Provavelmente, digo eu, uma expressão do Brasil. Qual será a correcta (admitindo serem ambas)? Obrigado.   [N. E. – A pergunta mantém a ortografia anterior à norma atualmente em vigor, a do Acordo Ortográfico de 1990.]
Fruto ou pedra em Castanheira de Pera?
É esta resposta válida? São várias as referências a Pera, desde o sítio da Câmara Municipal à página na Wikipédia que inclui a seguinte nota linguística: «A grafia Castanheira de Pera baseia-se na origem do nome desta localidade, que deriva de peralta e não de pêra (fruto da pereira). Aliás, até meados do século XIX, o nome da localidade era Castanheira de Pedrógão. A grafia Castanheira de Pêra está portanto errada, embora seja, infelizmente, muito frequente (incluindo no brasão representado neste verbete). Esta questão, muitas vezes polémica, é resolvida com o AO 1990, já que a palavra pera perde definitivamente o acento circunflexo. 
Sobre a palavra labento
[numa ode de Ricardo Reis]
Ao ler a ode Nem vã esperança vem, não anos vão, de Ricardo Reis – que reproduzo abaixo –, encontrei no quinto verso a palavra labento. Em vão procurei esta palavra no dicionário eletrónico Priberam e na Infopédia. A minha questão é a seguinte: qual o significado desta palavra? Muito agradeço, se me puderem elucidar, assim como, se for possível, que expliquem a sua etimologia.   «Nem vã esperança vem, não anos vão, Desesperança, Lídia, nos governa         A consumanda vida. Só espera ou desespera quem conhece Que há que esperar. Nós, no labento curso          Do ser, só ignoramos. Breves no triste gozo desfolhamos Rosas. Mais breves que nós fingem legar          A comparada vida.» 28-9-1926
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa