DÚVIDAS

«Fiz uma peregrinação a Santiago de Compostela»
Na frase «fiz uma peregrinação a Santiago de Compostela», qual será a função sintática de «a Santiago de Compostela»? Pensei, inicialmente, que seria complemento oblíquo, até fazendo uma analogia com o que sucede na frase «peregrinei a Santiago de Compostela» ou «fui a Santiago de Compostela». No entanto, tendo em consideração a presença da expressão nominal «uma viagem», que desempenha a função sintática de complemento direto, não poderíamos considerar a expressão «a Santiago de Compostela» como predicativo do complemento direto? Será gramatical a frase «Eu fi-la a Santiago de Compostela»? Obrigada pela atenção.
Emocional vs. emotivo
Estou a trabalhar num conteúdo de Psicologia e deparei-me com uma dificuldade inesperada: a de distinguir entre emotivo e emocional. Não consigo entender o que distingue ambas as palavras. As definições dos dicionários que consulto habitualmente (Priberam e Infopédia) parecem-me muito semelhantes, e fico com a sensação de que são termos absolutamente sinónimos cuja utilização é apenas uma opção estilística de quem escreve. Ou não será assim e haverá alguma subtileza que me escapa? Em termos científicos representam a mesma coisa? Infelizmente, após muita pesquisa nada encontrei sobre esta questão. Felicito-os pelo vosso extraordinário trabalho e agradeço antecipadamente a vossa ajuda.
Horreum, hórreo e espigueiro
[Mais outra dúvida sobre] como aportuguesar determinados nomes greco-latinos [...]: * Horreum – pelo que pude descobrir sobre a trajetória desse termo latino para celeiro, ele preservou-se como “hórreo” para referir-se a celeiros do norte da península Ibérica e tem paralelo com o espigueiro português. Numa pesquisa preliminar, todas as referências encontradas para “hórreo”, que foi a grafia mais provável num possível aportuguesamento, remeteram-se aos celeiros modernos, sem nenhum paralelo aos celeiros romanos. Porém, recentemente descobri uma entrada num dicionário em espanhol (Ocampo, Estela. Diccionario de términos artísticos y arqueológicos: Icaria Editorial, 1992. p. 117) no qual é feita uma correlação entre os edifícios romanos e a forma atual. Dai que também fico na dúvida, é possível a transposição para o português do termo?
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa