Na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, vol. 26, p. 477, col. 1, l. 25, observa-se, na entrada sabedoria, uma referência ao romance de cavalaria Crónica do Imperador Clarimundo (João de Barros, Coimbra, 1522): «… e pois isto que disse mais foi espiorado de sua graça que de minha sabedoria…» (capítulo 28.º).
Tendo efetuado alguma pesquisa, não encontrei o termo "espiorado" em nenhum lugar, devendo confessar que foi breve e superficial a pesquisa efetuada.
A minha questão é, pois: o termo "espiorado" foi palavra portuguesa – hoje um arcaísmo –, ou trata-se de uma gralha na referida enciclopédia? Se é arcaísmo, isto é, se realmente existiu, qual o significado que hoje se pode atribuir?
Antecipadamente grato, pela V.ª dedicação.
O verbo fugir é regular, ou irregular? Estava convencido de que era irregular porque há alteração do radical (fujo/fugi) mas na Wikipédia encontrei o seguinte: «Não é considerada irregularidade a alteração gráfica do radical de certos verbos para conservação da regularidade fonética, ex.: vencer-venço, fingir-finjo.» Agradeço esclarecimento.
Qual a forma correta da primeira pessoa do presente do indicativo do verbo eclodir? Ecludo, ou eclodo?
Obrigado.
Estou com dúvidas na construção desta frase: «O inacreditável esplendor e beleza daquela vista deixavam-nos de coração cheio.»
Atendendo à concordância em número, não sei se deveria escrever: «Os inacreditáveis esplendor e beleza daquela vista deixavam-nos de coração cheio.» Julgo que não, mas a questão é que o adjectivo «acreditável» refere-se tanto a «esplendor» como a «beleza». Por outro lado, creio ter ouvido um linguista explicar há tempos que, quando o objecto não é quantificável (quando não tem limites concretos), está correcto manter tanto o adjectivo como o verbo no singular, ainda que a frase refira mais do que um desses objectos. Qual a resposta correcta? E qual a explicação?
Muito obrigado.
Gostaria de saber se, no caso de uma jogadora de futebol que joga no meio-campo, é mais correto dizer-se que se trata de uma "médio" ou de uma "média". Leio escrito de ambas as formas, por isso tenho optado por... "centrocampista".
Qual está correcto e porquê?
– «Um milhão e uma pessoa.»
– «Um milhão e uma pessoas.»
Obrigado.
Existe alguma regra consagrada para separar a menção do género masculino da menção do género feminino, como por exemplo: «trabalhador/a» ou «trabalhador(a)»?
Em que contexto e com que modo e tempo se introduz a locução «mesmo se»?
Tenho algumas dúvidas sobre a formação do feminino do nome tigre. Já consultei algumas gramáticas e dicionários que apontam para «tigre fêmea» como sendo a forma correta (como é o caso da Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha). No entanto, em alguns casos, também se verifica a forma tigresa como sendo o feminino de tigre. Devo aceitar tigresa como feminino de tigre?
Gostaria de saber qual é o plural de incipit. Sendo latina a raiz da palavra, se não estou em erro, a terceira pessoa do singular do verbo incipěre, permanece incipit quando utilizada numa acepção plural? A minha dúvida decorre do facto de já ter visto esta forma utilizada como plural, assim como li "incipites" num outro contexto (o que significaria que a origem é substantiva...?).
Grata desde já pela ajuda!
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