Modalidade e o verbo pensar
Qual a modalidade e valor modal presentes na frase «Penso que é o problema mais complexo da literatura portuguesa, aquele que requer maior especialização.» (retirada do artigo "A floresta de Camões desbravada", de Luís Miguel Queirós, e publicada no Público).
Na minha perspetiva, pode subentender-se que o locutor exprime certeza relativamente à afirmação que profere, logo estaríamos perante a modalidade epistémica com valor de certeza.
Mas poderá ser que a utilização do verbo pensar remeta para a ideia de possibilidade?
Condicional e relatos históricos
Podia dizer-me o porquê de usar o verbo no futuro de pretérito nas seguintes frases :
1- «Depois disto, o rei D. Dinis, o sexto rei de Portugal, viria a criar a Universidade de Coimbra...»
2 - «... Mas tal só viria a suceder-se em 1147, durante a governação de D. Afonso Henriques...»
3- «... a sua derrota perante os muçulmanos viria a ditar o fim do seu império no ano de 711.»
Em geral, tal aplicação de verbo no futuro de pretérito nestas frases parece seguir uma regra comum, não é?
Se sim, qual?
Obrigado
Modalidade de «voltar a agradecer»
Qual a modalidade encontrada em «A todos volto a agradecer»?
Sendo considerado que o autor nos informa de algo certo (uma ação que toma), não expressando concretamente um juízo de valor, poderia ser considerada uma modalidade epistémica com valor de certeza?
Modalidade: «Haveis, padre, de vir» (Gil Vicente)
No verso de Gil Vicente, na cena do Frade do Auto da Barca do Inferno, é dito pelo Frade «Haveis, padre, de vir».
Qual a modalidade mais correta de aqui se identificar com a expressão «haver de», dado o contexto em que surge o verso?
Modalidade deôntica com valor de obrigação ou modalidade epistémica com valor de certeza?
Grata, desde já, pela vossa ajuda!
As conjunções e modos verbais
Pode dizer-se que uma conjunção como, por exemplo, embora seleciona o conjuntivo ou o verbo selecionar, nesse sentido, só se usa relativamente a verbos, por exemplo, o verbo obedecer seleciona complemento indireto?
Muito obrigado!
A frase «não sei que te diga»
Tenho um bom domínio do português europeu mas deparei-me com uma construção numa frase que à primeira vista me pôs confuso: «não sei que te diga».
Pensava que se dizia «não sei que te dizer».
Qual das duas frases está correta? E que explicação se pode dar a isto?
Modalidades epistémica e deôntica: «Podemos contactar com vários animais»
Surgiu-me a dúvida acerca da modalidade e respetivo valor concretizados no seguinte enunciado: «Podemos contactar com várias espécies de animais no parque.»
Parece-me ser a modalidade epistémica com valor de certeza. Podem elucidar-me, por favor?
Obrigada.
O verbo dever nos textos jurídicos
Tenho acompanhado na jurisprudência e na doutrina do Direito utilizarem-se expressões como «não deve ser permitido», «não deve ser exercido» e «não deve sacrificar». Em todas estas situações eu vejo o «deve» a ser utilizado no lugar do «pode», entretanto, venho verificando recorrentemente a utilização de expressões como aquelas tanto em Angola como em Portugal.
A mim incomoda porque aquelas frases ficariam muito melhor construídas com o «pode» («não pode ser permitido», «não pode ser exercido», e «não pode sacrificar»). Aquelas expressões são correctas?
Obrigado.
Complexo verbal com dois verbos auxiliares
Encontrei a seguinte frase:
«Este ano iremos poder contar com a presença de profissionais (…).»
Questiono-me se esta conjugação verbal está correta.
Verbo ir no futuro + infinitivo + infinitivo ?
Penso que ficaria melhor «poderemos contar» ou contaremos, mas queria uma justificação.
Obrigada.
A locução verbal «vai andando»
Qual a designação gramatical da expressão «vai andando.»?
Sintagma/locução verbal? Com valor interjetivo/imperativo?
Obrigado.