Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Modo/Modalidade
Mauro Pinho Estudante Porto, Portugal 8K

Agradecia que me esclarecessem uma dúvida decorrente da leitura desta frase: «De resto, não tenho dúvidas que a FMUP é uma excelente faculdade.»

A minha dúvida prende-se com a utilização do presente do indicativo por oposição ao presente do conjuntivo. Por outras palavras, pergunto-me se o uso do presente do indicativo do verbo ser será aceitável neste contexto, ou se o correcto seria mesmo recorrer ao presente do conjuntivo do mesmo — «De resto, não tenho dúvidas que a FMUP seja uma excelente faculdade.»

Gostaria que se justificassem, para que a dúvida fosse completamente exterminada.

Sónia Pinto Funcionária pública Porto, Portugal 4K

Por que razão o tempo verbal gerúndio é mais utilizado no corpus jornalístico do que no corpus publicitário?

Lídia Gonçalves Estudante Vila Real, Portugal 7K

Estou a fazer um trabalho sobre modalidade e não consigo entender a diferença entre a modalidade alética e a apreciativa. Têm ambas o mesmo significado, ou são diferentes?

Obrigada pela ajuda.

Válter da Silva Pinto Oficial de justiça Mogi das Cruzes, Brasil 10K

Consultando as respostas anteriores, verifiquei a resposta 7647 em que o consultor José Neves Henriques faz uma explanação sobre condicional e pretérito e as diferenças existentes em Portugal e no Brasil.

Atualmente, compulsando o volume 3 da série Soltando a Língua, do professor Sérgio Nogueira, verifiquei que a de NGB (Nomenclatura Gramatical Brasileira), em 1959, tornou o futuro do pretérito a denominação oficial para o antigo "condicional" já em desuso e traz alguns exemplos:

1) Ele dizia que não viria (dizer = pretérito imperfeito; vir = futuro do pretérito);

2) Ele disse que não viria, possibilidade usada pela imprensa quando não se sabe ao certo se ele virá...

Há até um exemplo para se evitar ambigüidades, principalmente na imprensa: «Segundo o médico, a causa da morte seria traumatismo craniano.» Nesse caso, não sabemos ao certo se o médico afirmou que a causa morte é traumatismo craniano, mas ele (= o jornalista) não tem certeza disso, ou se nem o médico tem certeza da causa da morte. Havendo realmente a certeza, dizemos: «Segundo o médico, a causa da morte é (ou foi) traumatismo craniano.»

Com base na NGB citada, como é correto escrever?:

1) Gostava de saber como será/seria melhor pontuar o texto;
2) Gostaria de saber como será/seria melhor pontuar o texto;
3) Gostaria de saber se há/haveria melhor forma de pontuar o texto.

Na hipótese de não ter a certeza de ter as perguntas acima respondidas, diria: «Ficaria agradecido se me respondesse» e, caso contrário, tendo a (ou quase) certeza de ter as respostas às perguntas: «Ficarei agradecido a quem me responder.» Estou certo em pensar assim?

Cremilde Rodrigues Professora Leiria, Portugal 3K

Na transposição do discurso directo para o discurso indirecto, o imperativo passa a ser substituído pelo modo conjuntivo. Contudo, algumas, poucas, gramáticas também referem o infinitivo (pessoal ou impessoal?).

«O farmacêutico disse:

— Espera a tua vez, menino!»

Este exemplo poderá dar origem à frase seguinte: «O farmacêutico disse ao menino para esperar a sua vez», ou «O farmacêutico disse para esperar a sua vez»?

São frases gramaticalmente correctas e a sua estrutura é própria de um registo de língua normal (padrão)?

Obrigada pela atenção.

José Azevedo Informático Lisboa, Portugal 2K

Eu sei que a frase «Agora vocês dividem este bolo por todos» está incorrecta.

Deve dizer-se «Agora vocês dividam o bolo por todos».

Agradecia que me explicassem a diferença na construção da frase.

Obrigado.

Eugênio Geppert Aposentado Florida, Estados Unidos 6K

É aceitável o conjuntivo depois de uma frase «só conhecia X coisas que…»? Eis alguns exemplos:

(1) «Ela só conhecia duas pessoas do colégio que gostassem dessa banda.»

(2) «Eu só conhecia três rapazes de nosso bairro cujas famílias não tivessem um pai.»

Muito obrigado.

Manuel Anastácio Professor Guimarães, Portugal 12K

Um amigo brasileiro disse-me que não entendia a utilização do futuro do verbo ter para indicar uma suposição. Por exemplo, neste excerto: «(...) foi no quarto onde terá acontecido o acidente que (...)», o verbo ter aparece aqui como verbo auxiliar, com esse sentido. Gostaria de saber mais em pormenor que caso gramatical é este, e se é, de facto, uma diferença entre a norma linguística portuguesa e a norma brasileira.

Fernando Vasconcelos Estudante Rio de Janeiro, Brasil 4K

«Precisam de estudar» e «Precisam estudar» são locuções verbais ou não? Por quê?

Grato!

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 7K

Qual das frases a seguir está correta?

«O professor perguntou ao aluno se ele já houvera lid Eneida
«O professor perguntou ao aluno se ele já havia lido Eneida

O mesmo se pergunta quanto a frases análogas, mas com o verbo ter («tivera lido», «tinha lido»).

Obrigado.