Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Acento
Fábio Vasco Estudante universitário/operador de call center Sesimbra, Portugal 4K

Escreve-se "magnificamente", ou "magníficamente"?

Marcelo Fossari Servidor público Itaqui, Brasil 2K

Qual o diminutivo da palavra fórum?

Francisco Lauzid Promotor de Justiça Belém, Brasil 6K

Por que hermenêutica, propedêutica e terapêutica são acentuados e os correlatos hermeneuta, propedeuta e terapeuta não são?

P. S.: Também sou professor de Redação Forense, por isso a preocupação com a gramática normativa.

Antecipadamente grato por sua munificência.

Edward Gonçalves Pinto Estudante Lisboa, Portugal 6K

«O sentido da regra é a simplificação [Iluminou-me!]. Pára tem tido acento para não se confundir com a preposição para, mas a verdade é que o contexto normalmente evita a confusão.

Tem de aceitar que as frases que apresenta são todas agramaticais, se considerarmos a grafia para sempre uma preposição [Tenho de aceitar? Que com a nova ortografia o texto perca coesão e gramaticalidade? Aliás, onde disse eu que era para tomar "para" sempre como preposição? Como disse, o texto resultou deu um jogo caricato entre as duas formas. Falha na interpretação lógica do texto!?]

a) Escrever duas preposições iguais seguidas contraria as regras, a não ser quando usadas enfaticamente [Aí é que está o problema. Não tenho nenhum caso desses no meu texto — nem quero ter!]

b) A vírgula no fim da terceira frase deixa a ideia em suspenso se quisermos considerar o segundo para como uma preposição [Desisto...]

c) A última frase está igualmente incompleta se considerarmos a grafia para sempre uma preposição (para isto, para aquilo e para mais aquilo… o quê?...) [Já percebi a ideia — e já percebi que não percebeu ou lhe não interessou perceber a questão em causa...]

O treino no uso da língua permite normalmente avaliar se o conjunto escrito tem coesão. Se aparentemente não o tem, o cérebro humano tende a corrigir o defeito em busca dum sentido coerente, para entender a mensagem (é essa ainda a sua grande vantagem em relação às máquinas, que ficam penduradas quando lhes aparece uma novidade no programa) [Genial!].

Por outro lado, o escritor que verdadeiramente se preocupa com os seus leitores usa as suas palavras por forma a que no contexto não haja ambiguidades (ex.: "Interrompe o que está a fazer, para que possas reflectir!") [Parece que para este Sr. uma língua se resume à prosa jornalística... Em outros registos, a ideia de se preocupar com o leitor é, no mínimo, questionável e debilitadora do que é a arte e a criação literária... Renegaremos centenas de séculos de poesia? O texto que escrevi não é legítimo? Só pode sobreviver mutilado, com o acordo? Ridículo!]

No caso de o escritor pretender a ambiguidade e não se preocupar muito com a perfeição do texto [Perfeição? Que perfeição? Poética? Musical? Gráfica? Retórica? Gramatical? Léxica? Conceptual? De conteúdo? Jornalística?], então até convém que a riqueza da língua o permita [Sem comentários...] Exemplo: "Para a decisão Alcochete, para o projecto Ota, de quem são os interesses beneficiados?” A segunda grafia de para pode dar vários sentidos à ideia: para sempre preposição permite pensar que havia interesses beneficiados quer numa solução quer na outra; com o segundo para forma verbal, o
interesse seria de todos nós, nacional… ou muito o dos defensores da margem sul?...»

Já agora, para que não restem dúvidas:

«Pára para que possas reflectir,
pára para que possas sonhar calmamente,
para que o teu trabalho seja frutuoso, pára,
pára para olhar o teu redor
com a placidez dos sábios.
Pára com as soluções gratuitas,
pára com o facilitismo imprudente
para com a melhor das intenções
singrares depois num áureo caminho.»

Bruno Costa Estudante Braga, Portugal 217K

Gostaria que me esclarecessem uma dúvida relativa à classificação da palavra vêem quanto à acentuação.

Parece haver um hiato entre as duas vogais, o que faria deste plural paroxítono. No entanto, as gramáticas parecem agrupá-lo, assim como os seus compostos, na classe das oxítonas (fazendo a ressalva para a conservação do acento circunflexo do singular na forma do plural).

Obrigado.

Sónia Brighton Recepcionsta (hotelaria) Lourinhã, Portugal 2K

Gostaria de saber qual a forma correcta de dizer o nome de determinadas localidades que começam por A, como "A-dos-Cunhados" ou "A-dos-Francos". Devemos ou não acentuar o A?

Irene Guimarães Professora Lisboa, Portugal 2K

Aprendi a pronunciar estas palavras com a acentuação no -i final, mas parece que há uma tendência para se ouvir "Góbi", "Báli", porventura sob influência da pronúncia inglesa. O facto é que se diz javali, comi, entre outros vocábulos agudos terminados em -i. Também me espanta a pronúncia actual de "biquíni" (que já aparece escrito desta maneira), pois quase que jurava que há dez, vinte anos toda a gente dizia e escrevia biquini, com acentuação na última sílaba.

Tiago Borges Advogado São Paulo, Brasil 4K
Os dicionários e o uso indicam que a palavra perfurocortante possui "per" como sílaba subtônica. Considerando que o verbo perfurar e todas as suas palavras derivadas são paroxítonas, por que se desloca a sílaba subtônica de "fu" para "per"?
Sílvia Caricati Jornalista São Paulo, Brasil 6K

Necessito de ajuda com uma dúvida sobre prefixo e acentuação. A palavra cárie, quando precedida do prefixo anti-, mantém o acento (a sílaba tônica prevalece)? Ou o acento seria facultativo em "anticárie”?

Qual seria a regra que justifica este caso?

Agradeço seu suporte, se possível.

Maria Cartagena Professora Fafe, Portugal 3K

Se as palavras terminadas em "u" não têm acento, então qual é a excepção para a palavra baú? Terá a ver com o ditongo oral?

Obrigada pelo esclarecimento.