Ainda a «despenalização...»
Em resposta a Sobre a «despenalização da interrupção voluntária da gravidez»:Cara Edite Prada,A minha questão é puramente linguística e, se não a entendeu, foi certamente porque eu não a explicitei correctamente.Citando a sua resposta à minha questão inicial: «Na frase em causa, todas as expressões nominais que se seguem à palavra despenalização veiculam informação que se relaciona directamente com esta palavra. A expressão "da interrupção voluntária da gravidez" restringe o que vai ser despenalizado.»Assim sendo, tal como disse inicialmente, a título de exemplo, a expressão «em estabelecimento de saúde legalmente autorizado» está directamente vinculada à expressão «despenalização». Por ser intuitivamente impossível acontecer a despenalização num hospital público (a despenalização é um acto jurídico, alheio ao sistema de saúde nacional, como certamente concorda), volto a perguntar se será legítimo considerar que esta frase/pergunta apresenta uma incongruência sintáctica, na medida em que a frase se desenvolve referindo-se à «interrupção voluntária da gravidez» (restringindo prazo, local, etc.), mas, estando, num ponto de vista sintáctico, a referir-se à «despenalização», tornando a frase sem nexo.Esperando que agora tenha conseguido expressar-me correctamente,Cumprimentos.
Haver, acontecer, ocorrer
Porque é que se considera incorrecto dizer "houveram" (e com razão) e... aconteceram/ocorreram, que também são verbos impessoais, já não?
Gerúndio perfeito
Onde se coloca o sujeito em orações com o gerúndio perfeito? Pode ficar entre, antes ou depois das formas verbais? Obedece a alguma regra?
A colocação do pronome átono com «ir casar»
Estou a elaborar um convite de casamento e surge-me a seguinte dúvida, qual a forma mais correcta: «Vão casar», «Vão casar-se», «Vão-se casar». Alguma delas está incorrecta?
A sintaxe de «valer a pena»
Deverá dizer-se «há coisas que vale a pena serem ditas» ou «há coisas que valem a pena ser ditas»? Porquê? Muito obrigada!
Colocação do pronome clítico com "ainda hoje"
Gostaria de saber qual das frases está correcta: «Ainda hoje nos é dado verificar que...» «Ainda hoje é-nos dado verificar que...»
«A ETA» ou «ETA» simplesmente?
É obrigatório em português empregar o artigo "a" para falar da organização basca ETA (em espanhol escreve-se sem artigo)? Não é redundante também o artigo "o" para falar do jornal "El País", "El Mundo". É correcta esta frase?
«A ETA declarou um cessar-fogo, disse o "El Mundo" na sua edição de hoje.»
Obrigado.
Respostas a perguntas começadas por quem
Sou mãe de um menino do 2.º ano de escolaridade. A professora dele ensinou que as perguntas começadas por «quem» tinham uma maneira especial de responder. Por exemplo «quem conhece o seu segredo?» é respondido: «o seu segredo é conhecido pelas crianças» e não se pode responder «quem conhece o seu segredo são as crianças». Isto é mesmo assim?
O predicativo do sujeito, novamente
Uma vez mais, gostaria de ver abordado o conceito de predicativo do sujeito. Observem-se as seguintes transcrições da TLEBS:
– «Advérbio adjunto de tempo: Um advérbio adjunto de tempo pode ser núcleo de um grupo adverbial com a função sintáctica de complemento adverbial (ii), ou de modificador adverbial. (ii) A festa de anos do Zé é [amanhã].»
– «Predicativo do sujeito: (iv) A minha casa é [aqui].»
Pergunta:
Por que razão «amanhã» é um complemento adverbial, e «aqui» é um predicativo do sujeito? Aproveito para lhes enviar os meus parabéns pelo trabalho precioso que têm vindo a desenvolver.
O optativo num verso de Fernando Pessoa
Gostaria de saber qual a classe morfológica do primeiro «que»: «Minha loucura, outros que me a tomem/ Com o que nela ia.»