Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Regência
Francisco Alberto Guina Engenheiro civil Beira, Moçambique 81K

É correto dizer-se «do que vais falar»? Ou «de quê vais falar»? Gostaria que estabelecessem a diferença entre as duas expressões.

Fernanda Moura professora Matosinhos, Portugal 7K

Pode o complemento indireto ser precedido pela preposição para?

Na frase «Ela trouxe os bolos para as crianças», a expressão «para as crianças» pode ser complemento indireto ou é modificador?

Obrigada.

Nuno Ribeiro Jornalista Porto, Portugal 28K

Antes de mais, gostaria de agradecer o vosso trabalho em prol da língua portuguesa. Tenho uma dúvida relativamente à regência do verbo orientar. Deve dizer-se «orientar para» ou «orientar a»?

Agradeço antecipadamente a vossa atenção e continuação de um bom trabalho.

João Pereira Estudante São Paulo, Brasil 11K

A preposição que é regida pelo verbo acontecer seria "a" ou "com"?

Existe alguma diferença ou somente depende da formalidade da situação? Ex: Isso aconteceu a/com ela.

Obrigado.

Rodrigo Miranda Músico e professor Belo Horizonte, Brasil 39K

Gostaria de saber se a expressão «no que tange» requer a preposição a. Eu imagino que não, pois tanger é transitivo direto, mas sempre encontro a forma «no que tange a».

Obrigado!

Bruna de Araujo Rio de Janeiro, Brasil 3K

A redução da oração "Eu não permiti que Carlos me desacatasse" para "Eu não o permiti a me desacatar" pode ser considerada correta? Ou somente "Eu não lhe permiti me desacatar" é correta na norma culta?

Rosa Machado Oeiras, Portugal 22K

1) Quando procuro no Regime Preposicional de Verbos a regência de «tornar-se», aparece a preposição «em». Mas existem casos em que não é necessário utilizar preposição, correto? Por exemplo: «As casas pequenas tornavam-se grandes, e as grandes tornavam-se pequenas. Outras casas tornavam-se hospitais, e havia umas que se tornavam casa de férias.» Estão corretas assim, ou devem levar preposição?

2) No caso de «navegar», não encontrei, o que quererá dizer que não tem. No entanto, vejo muitas vezes utilizarem «em» («Os mares ficaram poluídos, tornou-se impossível navegar neles») ou «por» («É impossível navegar pelos mares»). Qual está correta, «em», «por» ou nada («navegar os mares»)? Ou todas, dependendo do país ou significado?

3) Quanto a «tocar», penso que será «em», mas vejo muito «tocou-lhe a cara». É correto?

Luís Branco Técnico de contabilidade Lisboa, Portugal 3K

No sítio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa li o seguinte título: «Rastreios sobre o cancro da pele e observação de sinais.» Parece-me que o "rastreios sobre" não será a forma mais correcta. Não será melhor dizer "Rastreios de cancro..."?

Rodrigo Vasconcelos Advogado Belo Horizonte, Brasil 7K

O correto é dizer «deixei à Joana recado à Maria», ou «deixei com a Joana recado à Maria»?

Eu poderia dizer, simplesmente, que deixei recado à Maria, mas quero explicitar a quem incumbi de transmitir à Maria o recado que lhe deixei. Aqui, no Brasil, dizemos, comumente, «deixei com a Joana recado à Maria», mas acredito que esta forma não seja adequada à norma padrão do português, seja brasileiro, seja europeu, pois quem deixa algo o deixa a alguém, e não com alguém, salvo melhor juízo.

Procurei exemplos em corpos linguísticos (prefiro esta forma ao plural latino corpora: é tradução correta?) do português, mas encontro sempre «deixar recado a alguém», sem que se explicite a/com quem se deixou o recado a outrem.

Ana Monteiro Estudante Porto, Portugal 7K

Gostaria de saber qual a regência verbal do verbo roubar quando se indica a entidade roubada. Penso que haja uma diferença entre o português europeu (PE) e o português brasileiro (PB), no sentido de no PE a regência ser a e no PB a regência ser de.

Penso também que a é possível no PE, mas creio que com uma mudança de papel semântico, dando origem a uma frase distinta e com um foco diferente:

«Roubaram o doce ao menino.» — O menino foi vítima de um assalto (PE, impossível no PB).

«Roubaram o doce do menino.» — O menino foi vítima de um assalto (leitura PB), ou houve um assalto e foi levado o doce que pertencia ao menino –de Alvo para Fonte, talvez? – (leitura PE).

Obrigada pela atenção.