Na literatura, encontra-se muitas vezes a expressão «ao cair da noite» e nunca «ao cair a noite». Esta última não se usa por não ser correta? Ou ambas estão corretas e têm o mesmo significado, mas a primeira é mais adequada? Por exemplo:
«Ao cair da noite, o homem desapareceu.»
«Ao cair a noite, o homem desapareceu.»
Estarão ambas as frases corretas?
Muito obrigada!
Pode substituir-se a frase «terminarei isto em seis dias» por «terminarei isto em dois tríduos», sem perda de sentido quanto ao tempo em que a tarefa será concluída ?
«O ator entrou em palco» ou «O ator entrou no palco»? Pergunto isto porque, em bom rigor, deveria ser «no palco» («em o palco»), mas quase sempre se diz «em palco».
Obrigado, como sempre!
Ao rever um livro, deparei com duas frases quase seguidas em que se podia ler, na primeira, «era verdade que ela lhe fizera falta» e, na segunda, «mas de quem sentira mais a falta [...]».
Pergunta: devemos escrever «falta» ou «a falta»? A diferença de verbos tem, neste contexto, alguma relevância para a questão, de tal modo que ambas as frases estão corretas? E, se ambas as frases estão corretas mas tal não se deve à mudança verbal, qual é a forma mais correta?
Muito obrigado.
Há poucos dias procurei a origem da expressão «saber de cor»* e fiquei a saber que cor significa «coração» em latim. Como na expressão portuguesa a palavra é pronunciada de uma maneira diferente do normal ("cór" em vez de "côr"), pesquisei-a em dicionários online e descobri que em português antigo, a palavra cor ("cór") é um substantivo masculino para coração... mas não consegui encontrar as fontes/referências dessa definição. Gostaria de vos perguntar se conhecem algum dicionário em formato físico ou digital em que conste o mesmo, ou qualquer outra fonte de informação que apoie/comprove a informação que encontrei. Os dicionários modernos em que procurei só têm o significado actual, provavelmente porque não incluem arcaísmos de todo, e no Vocabulário Portuguez e Latino digital que consultei através do site da Biblioteca Nacional Portuguesa, só consta a definição actual de cor ("côr").
Desde já com os melhores agradecimentos.
«A Sofia estuda todas as noites até à meia noite e a Rita estuda até à 1h.»
Na presença de duas orações ligadas pela conjunção coordenativa copulativa e, posso descrever a primeira oração como sendo a oração matriz, ou esse termo só pode ser usado na presença de uma oração subordinada?
Muito obrigada.
É correto escrever-se a palavra seara com a letra c em vez de s? Sempre escrevi seara com s, mas um amigo meu diz que aprendeu com c, e que as duas formas estão corretas. Estão?
Pergunta semelhante foi já respondida em 2003, por Marta Pereira, mas não tendo (eu) ficado convencido... decidi insistir. Espero que não levem a mal até porque, seguramente, nem todos os especialistas (não é o meu caso) estarão, sempre, de acordo sobre tudo.
Aqui vai: quando alguém pretende rogar perdão, solicitar indulgência, mostrar arrependimento ou suscitar absolvição por motivo de uma falha por si cometida, por algo que lhe pesa na consciência ... deve, forçosamente, «pedir desculpas»... ou pode, tão-somente, «apresentar desculpas»? «Apresento o meu mais profundo pedido de desculpas pelo acto que cometi», ou «apresento as minhas mais profundas desculpas pelo acto que cometi»?
Eu diria que só a primeira é que estará correcta... pois entendo, de forma empírica, que somente o sujeito ofendido é que pode, se assim entender, apresentar/outorgar as suas desculpas ao sujeito ofensor. Desculpá-lo, portanto. Perdoar. O sujeito ofensor deve solicitar/pedir que lhe concedam/outorguem/apresentem as respectivas desculpas ... mas deve, antes disso, pedir/rogar/requerer as mesmas. Porque se for o ente ofensor a «apresentar desculpas», diria até que se invertem os papéis, pois fica a clara impressão de que o ofendido é que está a precisar, ou à espera, de que alguém lhe transmita/dê/apresente/conceda as respectivas desculpas (por algo que, manifestamente, não cometeu). Uma completa inversão da realidade, no meu entender. Mas isto sou eu, um leigo na matéria, a pensar.
Qual é, por favor, o vosso entendimento?
Obrigado.
Estou aqui a estudar o Memorial do Convento [de José Saramago] e deparei-me com a expressão «porque pagamos com língua de palmo e a vida palmo a palmo».
Alguém poderia ter a gentileza de me ajudar a descodificar tais palavras?
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