Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: nome próprio
Gonçalo Ferreira Castelo-Branco Estudante Porcelhe, Oliveira de Frades, Portugal 909

Não é a primeira vez que me interrogo sobre a origem deste raro e curioso topónimo: "Candam".

Ao que sei, existem apenas duas povoações com este nome, uma na Beira Alta, em pleno concelho de Oliveira do Hospital, e outra nas circunvizinhanças de Águeda.

Gostaria de obter mais algumas informações, se assim for possível, acerca da etimologia de "Candam", e igualmente o porquê da grafia "-am" nestas duas circunstâncias.

Muito agradeço, desde logo, a vossa atenção.

Antonio Aires Aposentado como professor Amarante, Portugal 666

Gostaria de saber a etimologia e significado dos nomes Basseiros e Baceiros.

Paulo Andrade Cuidador Lisboa, Portugal 1K

Uma amiga minha chama-se Manuela mas é tratada por Manucha.  Como se chama este termo?

Não é diminutivo, não é abreviatura, será alcunha?

Peço esclarecimento, por favor.

Obrigado.

Gonçalo Castelo-Branco Estudante Oliveira de Frades, Portugal 808

À porta de uma mercearia em Alverca lê-se num cartaz: «Há vinho da Calhandriz e pão da Arruda.»

Em conversa com alguns fregueses, constatei que é costume nas redondezas usar-se o artigo definido a (além das contrações preposicionais da e na) para fazer referência a estas duas povoações, sobretudo entre os nativos e os mais idosos.

Em todo o caso, quaisquer alusões a CalhandrizArruda (dos Vinhos) são-nos apresentadas, regularmente, e dependendo do contexto, de forma neutral.

Vejam-se alguns títulos do jornal O Mirante:«Um morto e 34 infetados em lar de Arruda dos Vinhos' (e não «'da' Arruda dos Vinhos»); ou «A Guarda Nacional Republicana emitiu um parecer de segurança negativo à instalação de duas novas caixas multibanco em Calhandriz» (e não «'na' Calhandriz»).

No entanto, e noutra edição, o mesmo jornal destaca: «Ser compositor e músico é ter uma profissão demasiado dura para não se gostar dela. Quem o diz é Telmo Lopes, [...] compositor natural da Calhandriz [....].»

Perante isto, deverão estes fenómenos linguísticos ser encarados como norma ou apenas como meros regionalismos? E qual é, na verdade, o género dos topónimos Calhandriz e Arruda dos Vinhos?

Agradeço à Comunidade Ciberdúvidas o apoio prestado, assim como a eficácia e a assertividade das vossas respostas.

Gonçalo Castelo-Branco Estudante Oliveira de Frades, Portugal 841

Há uns tempos, durante uma curta viagem pelo concelho de Mirandela, deparei-me com a existência de um topónimo muito peculiar, que assumia, na sinalização local, duas grafias: Suçães ou Sucçães.

Algumas fontes relacionam imediatamente a origem de Su(c)çães com a presença de «uma propriedade rústica anterior à Nacionalidade», ou seja, uma villa romana, cujo nome terá evoluído, posteriormente, para Suxães (segundo as Inquirições de D. Afonso III).

Gostaria de saber se, conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, a grafia deste topónimo deve ser originalmente mantida (enquanto Sucçães) ou alterada para Suçães...

Muito agradeço os vossos esclarecimentos.

João Pedro Tapada Tradutor e revisor Portugal 1K

Qual a grafia correcta da aldeia de Assafora ou Açafora, no concelho de Sintra? E porquê?

Consultei o Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves, e os índices de Topónimos e Gentílicos, de Xavier Fernandes, onde não consta.

Obrigado.

 

 O consulente adota a ortografia de 1945.

Armando Dias Reformado Lagos, Portugal 849

A propósito de problemas surgidos na cidade de Guimarães nos ajuntamentos ilegais que assinalavam as tradicionais Festas Nicolinas, surgiu esta curiosidade:

1) A formação do adjetivo nicolino; e

2) A razão de um "santo" bem mais popular noutras paragens ( Rússia, Turquia, Grécia e Noruega) se ter transformado no "patrono" dos estudantes... de Guimarães.

Os meus agradecimentos.

Maria Margarida Silva Engenheira Lisboa, Portugal 786

Qual a origem do topónimo Fronteira, no Alto Alentejo?

Desconhece-se a origem deste topónimo!

E é único em Portugal! Mas alguns que se interessam pelo estudo do domínio dos mouros na Península Ibérica admitem que a palavra " fronteira" , significava que o limite do domínio mouro do outro domínio cristão!

Será essa a história do topónimo da Vila Fronteira.? Ninguém sabe!

Alexandre Silva Técnico Superior Municipal Seia, Portugal 756

A minha questão é sobre toponímia da serra da Estrela. Não sei se será este o local mais apropriado para a minha dúvida.

Na área mais elevada da serra da Estrela existe um topónimo com a seguinte designação: "Salgadeira / Salgadeiras". O termo salgadeira remete para conservação, por intermédio do sal, composto que, no estado natural, não se encontra na referida área.

Gostaria de saber se a sua designação/criação (salgadeira) poderá ter a ver com a utilização da neve/gelo como forma de conservação através do frio.

Desde o século XVII que há registos de transporte de neve/gelo, a partir das serras da Estrela, Montejunto e Lousã para as cortes e para a nobreza mais abastada. E daí a origem dos poços de neve e da profissão de neveiro.

Caso não consigam responder à minha dúvida, poderiam indicar uma forma para explorar/pesquisar mais informação sobre esta temática?

Indicar, por exemplo, bibliografia ou alguém que em Portugal investigue ou se interesse pela toponímia?

Grato pela atenção dispensada

Lucas Tadeus Oliveira Estudante Mauá, Brasil 1K

Estava perguntando-me aqui o motivo de não haverem traduzido o título do livro de Gustave Flaubert Madame Bovary para "Dona Bovary". Vamos por partes.

No Brasil podemos referir-nos a uma mulher desconhecida de X maneiras:

1) Senhora – tanto para velhas como novas.

«A senhora irá à festa de Carlos.»

«Que horas são, senhora?»

Pode-se acrescentar o pronome possessivo minha para suavizar o solenidade. Se a mulher for casada ou a sogra, às vezes prefere-se usar dona.

2) Dona – sempre acompanhado do nome.

«A dona Ivete morreu ontem, sabia?»

«Dona Cleide, a senhor pode me fazer um favor?»

3) Madame, senhorita e senhorinha – de maneira mordaz, sarcástica.

«Então quer dizer que a madame não gosta do que faço?»

«Eu aqui trabalhando. E a senhorita aonde? A senhorita só na gandaia.»

«E a senhorita quer tudo de mão beijada? Quer que lhe lave as roupas, que faça o café, o almoço, a janta?»

Parece-me, de acordo com o uso no Brasil, o melhor seria "Dona Bovary".