Não é a primeira vez que me interrogo sobre a origem deste raro e curioso topónimo: "Candam".
Ao que sei, existem apenas duas povoações com este nome, uma na Beira Alta, em pleno concelho de Oliveira do Hospital, e outra nas circunvizinhanças de Águeda.
Gostaria de obter mais algumas informações, se assim for possível, acerca da etimologia de "Candam", e igualmente o porquê da grafia "-am" nestas duas circunstâncias.
Muito agradeço, desde logo, a vossa atenção.
Gostaria de saber a etimologia e significado dos nomes Basseiros e Baceiros.
Uma amiga minha chama-se Manuela mas é tratada por Manucha. Como se chama este termo?
Não é diminutivo, não é abreviatura, será alcunha?
Peço esclarecimento, por favor.
Obrigado.
À porta de uma mercearia em Alverca lê-se num cartaz: «Há vinho da Calhandriz e pão da Arruda.»
Em conversa com alguns fregueses, constatei que é costume nas redondezas usar-se o artigo definido a (além das contrações preposicionais da e na) para fazer referência a estas duas povoações, sobretudo entre os nativos e os mais idosos.
Em todo o caso, quaisquer alusões a Calhandriz e Arruda (dos Vinhos) são-nos apresentadas, regularmente, e dependendo do contexto, de forma neutral.
Vejam-se alguns títulos do jornal O Mirante:«Um morto e 34 infetados em lar de Arruda dos Vinhos' (e não «'da' Arruda dos Vinhos»); ou «A Guarda Nacional Republicana emitiu um parecer de segurança negativo à instalação de duas novas caixas multibanco em Calhandriz» (e não «'na' Calhandriz»).
No entanto, e noutra edição, o mesmo jornal destaca: «Ser compositor e músico é ter uma profissão demasiado dura para não se gostar dela. Quem o diz é Telmo Lopes, [...] compositor natural da Calhandriz [....].»
Perante isto, deverão estes fenómenos linguísticos ser encarados como norma ou apenas como meros regionalismos? E qual é, na verdade, o género dos topónimos Calhandriz e Arruda dos Vinhos?
Agradeço à Comunidade Ciberdúvidas o apoio prestado, assim como a eficácia e a assertividade das vossas respostas.
Há uns tempos, durante uma curta viagem pelo concelho de Mirandela, deparei-me com a existência de um topónimo muito peculiar, que assumia, na sinalização local, duas grafias: Suçães ou Sucçães.
Algumas fontes relacionam imediatamente a origem de Su(c)çães com a presença de «uma propriedade rústica anterior à Nacionalidade», ou seja, uma villa romana, cujo nome terá evoluído, posteriormente, para Suxães (segundo as Inquirições de D. Afonso III).
Gostaria de saber se, conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, a grafia deste topónimo deve ser originalmente mantida (enquanto Sucçães) ou alterada para Suçães...
Muito agradeço os vossos esclarecimentos.
Qual a grafia correcta da aldeia de Assafora ou Açafora, no concelho de Sintra? E porquê?
Consultei o Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves, e os índices de Topónimos e Gentílicos, de Xavier Fernandes, onde não consta.
Obrigado.
O consulente adota a ortografia de 1945.
A propósito de problemas surgidos na cidade de Guimarães nos ajuntamentos ilegais que assinalavam as tradicionais Festas Nicolinas, surgiu esta curiosidade:
1) A formação do adjetivo nicolino; e
2) A razão de um "santo" bem mais popular noutras paragens ( Rússia, Turquia, Grécia e Noruega) se ter transformado no "patrono" dos estudantes... de Guimarães.
Os meus agradecimentos.
Qual a origem do topónimo Fronteira, no Alto Alentejo?
Desconhece-se a origem deste topónimo!
E é único em Portugal! Mas alguns que se interessam pelo estudo do domínio dos mouros na Península Ibérica admitem que a palavra " fronteira" , significava que o limite do domínio mouro do outro domínio cristão!
Será essa a história do topónimo da Vila Fronteira.? Ninguém sabe!
A minha questão é sobre toponímia da serra da Estrela. Não sei se será este o local mais apropriado para a minha dúvida.
Na área mais elevada da serra da Estrela existe um topónimo com a seguinte designação: "Salgadeira / Salgadeiras". O termo salgadeira remete para conservação, por intermédio do sal, composto que, no estado natural, não se encontra na referida área.
Gostaria de saber se a sua designação/criação (salgadeira) poderá ter a ver com a utilização da neve/gelo como forma de conservação através do frio.
Desde o século XVII que há registos de transporte de neve/gelo, a partir das serras da Estrela, Montejunto e Lousã para as cortes e para a nobreza mais abastada. E daí a origem dos poços de neve e da profissão de neveiro.
Caso não consigam responder à minha dúvida, poderiam indicar uma forma para explorar/pesquisar mais informação sobre esta temática?
Indicar, por exemplo, bibliografia ou alguém que em Portugal investigue ou se interesse pela toponímia?
Grato pela atenção dispensada
Estava perguntando-me aqui o motivo de não haverem traduzido o título do livro de Gustave Flaubert Madame Bovary para "Dona Bovary". Vamos por partes.
No Brasil podemos referir-nos a uma mulher desconhecida de X maneiras:
1) Senhora – tanto para velhas como novas.
«A senhora irá à festa de Carlos.»
«Que horas são, senhora?»
Pode-se acrescentar o pronome possessivo minha para suavizar o solenidade. Se a mulher for casada ou a sogra, às vezes prefere-se usar dona.
2) Dona – sempre acompanhado do nome.
«A dona Ivete morreu ontem, sabia?»
«Dona Cleide, a senhor pode me fazer um favor?»
3) Madame, senhorita e senhorinha – de maneira mordaz, sarcástica.
«Então quer dizer que a madame não gosta do que faço?»
«Eu aqui trabalhando. E a senhorita aonde? A senhorita só na gandaia.»
«E a senhorita quer tudo de mão beijada? Quer que lhe lave as roupas, que faça o café, o almoço, a janta?»
Parece-me, de acordo com o uso no Brasil, o melhor seria "Dona Bovary".
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