Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: verbo
Carlos P. da Cruz Promotor Montréal, Canadá 13K

Peço antecipadamente desculpas para o meu coxo português bastante desajeitado, mas acho que estou no lugar certo para aperfeiçoá-lo. Tenho um monte de problemas com este aspeto da língua portuguesa.

«Gostaria que você soubesse» ou «Gostaria que você saiba»?

E, se não estiver a perguntar em demasia, podem dar-me as razões da escolha apropriada?

Obrigado.

Marina Costa Assistente contábil Santa Isabel, Brasil 14K

Estes dias, em uma aula de espanhol, fui corrigida pela professora quando usei a expressão «vamos comigo», pois alegou se tratar de redundância. Entretanto, ela afirmou que em português, segundo a norma culta, a expressão também é inadmissível. Sabemos que a redundância deve ser evitada, mas em alguns casos é aceita, por questão de ênfase. Este não seria um destes casos? Encontrei, inclusive, um poema de Adélia Prado onde a escritora diz «vamos comigo...» (e poderia citar ainda outros exemplos na literatura). Resumindo: dizer «vamos comigo», segundo a gramática normativa, é ou não é aceito?

Obrigada.

Cecília Monteiro Professora Aveiro, Portugal 107K

Em algumas gramáticas/manuais escolares, as subclasses dos verbos são: 1 – transitivo (direto, indireto e direto e indireto); 2 – intransitivo; 3 – copulativo. Outras acrescentam a subclasse 4 – auxiliar. Há ainda manuais que consideram uma quinta subclasse: 5 – impessoal/defetivo. E ainda temos a questão de o verbo ser irregular ou irregular...

Sendo assim, quantas subclasses do verbo existem de facto? E como classificamos as outras informações, nomeadamente o facto de ele ser regular ou irregular?

Mônica Santana Pessoa Professora Catru, Bahia 5K

Na frase «as crianças brincam de bola», o verbo é transitivo, ou intransitivo?

Obrigada.

Alberto Medeiros Aposentado Natal, Brasil 7K

Na frase «O silêncio é um dos argumentos mais difíceis de se rebater» (Josh Billings), por que o infinitivo «rebater» não está flexionado? O se é pronome apassivador, podendo a frase escrever-se «O silêncio é um dos argumentos mais difíceis de serem rebatidos»? Ou o se é partícula expletiva podendo, portanto, ser retirado da frase, que ficaria com a redação «O silêncio é um dos argumentos mais difícies de rebater»?

Antecipadamente grato.

Bruno Morais Comerciário Aparecida, Brasil 43K

Gostaria de saber qual é a forma correta (ou se as duas o são): «direcionado a», ou «direcionado para»? Se ambas são válidas, o uso de uma ou outra é indiferente?

Muito obrigado.

Fabiano Tirloni Pesquisador Porto Alegre, Brasil 5K

Qual é a real diferença entre os conceitos de verbo irregular e anômalo?

Já pesquisei infinitas gramáticas e todas os conceituam de forma semelhante. Ou seja:

«Sofrem alteração no radical durante a conjugação de modo e tempo. As terminações do verbo (desinências verbais) não seguem o padrão dos verbos regulares.»

Portanto, qual a diferença entre essas duas classificações (irregular e anômalo)?

Ficarei muito grato se puderem me esclarecer.

António Carlos Quinto Jornalista São Paulo, Brasil 27K

«Convidam todos os interessados "a acessar" o site», ou «"a acessarem" o site»?

Qual a forma correta?

Obrigado.

Ricardo Fellman Empresário São Paulo, Brasil 64K

A forma «há de ser» é uma forma arcaica, ou, ao contrário, moderna, em comparação com a construção que usa o verbo no futuro do presente?

Exemplo:

«Ela há de ser feliz» e «Ela será feliz».

Há diferenças entre elas além da diferença estilística?

Pode-se dizer que uma seja mais ou menos formal que outra? A depender do contexto, torna-se preferível uma, ou outra? Verifica-se desuso?

Contentar-me-ia muito uma resposta competente como as vossas respostas, do excelente Ciberdúvidas.

Desde já, obrigado.

Ana Reis Professora/tradutora Madrid, Espanha 10K

Ao trabalhar os tempos compostos e simples do conjuntivo, deparei-me com uma dúvida quanto à hipótese/concretização da ação expressa em cada um dos casos.

O tempo composto do conjuntivo, tanto no futuro, como no mais-que-perfeito, expressa menos possibilidade de concretização da ação do que o seu correspondente tempo simples (futuro e imperfeito do conjuntivo)?

Entendo que ambos remetem para a conclusão da ação, mas terá uma duração mais prolongada (a concretização da mesma) num caso do que no outro?

«Quando tiveres lido o livro, devolve-mo.»

«Quando leres o livro, devolve-mo.»

«Caso tivesse lido o livro, devolver-to-ia.»

«Caso lesse o livro, devolver-to-ia.»

Muito obrigada, mais uma vez, pela vossa ajuda e maravilhoso apoio dado a todos os que, como eu, temos na língua portuguesa a nossa ferramenta de trabalho.

Com os melhores cumprimentos.