DÚVIDAS

Orações começadas por para
Examinem-se as seguintes frases: «Carlota disse ao filho para não voltar à cidade.» «Ela lhe pediu para não chamá-la de Doquinha.» «No auge da aflição, seu companheiro gritava-lhe para não sair do lugar.» Gostaria de saber sobre a legitimidade das orações iniciadas por para. São um caso de contaminação sintática? De coloquialidade? Como analisar esse tipo de orações? Obrigado.
As orações introduzidas por «sem que...»
Gostaria de saber como classificar a oração iniciada por "sem que" na seguinte passagem de um texto de Hélia Correia: « Este Sermão revela-se um prodígio, um alto jogo de prestidigitação. Alegoria bem engendrada, sim, porém há muitas alegorias igualmente capazes. Todas servem para que se diga o que se quer dizer sem que se arrisque frontalmente o leitor.» Parece-me estar presente uma ideia de concessão / oposição... Estamos perante uma oração subordinada adverbial concessiva ou a uma coordenada adversativa ?
O complemento do nome e as preposições
em «A proposta de que seja declarado ...»
Ouvi o Sr. primeiro-ministro [de Portugal] dizer: «O Governo veio apresentar ao Presidente da República a proposta de que seja declarado o Estado de Emergência com uma natureza ...» Eu diria «...a proposta que seja declarado...» Quando em dúvida faço a pergunta: «que proposta vai apresentar?» e não «de que proposta vai apresentar?» Agradecia uma clarificação deste ponto.
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