O que escrevo a seguir foi inspirado na leitura das seguintes obras: História Universal, Lexicoteca; Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira; Enciclopédia Larousse. Estas notas foram feitas para minha própria informação na resposta a esta pergunta, e transcrevo-as para o caso de poderem interessar a algum dos nossos companheiros de estudo. Assurbanipal é um termo cujo primeiro constituinte, Assur, representa o nome de antiquíssima cidade, de que derivou o nome de Assíria. Na mitologia, Assur também representava o deus supremo, princípio varonil da criação. Esta designação aparecia em muitos nomes assírios, nomeadamente em Assur-Ba-Nipal > Assurbanipal, um dos grandes reis assírios (669 a.C. a 622 a.C.), que conduziu a Assíria ao seu apogeu. A capital do reino era Nínive, que os antigos diziam ser `contemporânea da idade do Mundo´. Nínive ficava situada na margem ocidental do rio Tibre perto da actual Mossul, no hoje Iraque. Do tempo de Assurbanipal foram recuperadas cerca de 20 000 tabuinhas da sua famosa biblioteca.
O respeitado Vocabulário de Rebelo Gonçalves, já baseado na norma que na generalidade rege a comum língua, escreve Assurbanipal sem acento, o que significa que devemos considerar a palavra oxítona, pois termina em l. Também é esta a grafia que aparece na recente Enciclopédia Larousse. Mas compreende-se a dúvida, pois nas leituras sobre este assunto encontrei a palavra acentuada no i; pelos vistos indevidamente.
Para terminar, uma reflexão. Este mergulhar na história remota fez-me meditar como o povo da Mesopotâmia (o Crescente Fértil, berço da civilização neolítica, com a domesticação dos animais e a agricultura), esse povo mártir tem sido sempre tão terrivelmente massacrado (desde que há memória histórica: 6 000 a. C.) em cruéis guerras de destruição. E continua a sê-lo, até nos nossos dias, constantemente... Merecia mais apreço e respeito, como representante dum precioso marco na história da humanidade.
Ao seu dispor,