Como diz o povo, «Tudo o que é pequeno tem graça».
Os diminutivos referem-se ao que é relativamente pequeno e ao que merece a nossa estima ou carinho. O povo usa frequentemente os diminutivos. Em contrapartida, os aumentativos surgem muito menos vezes.
Os tamanhos das galinhas são determinados, normalmente, pelas características próprias das diferentes raças. Por esse motivo, os aumentativos sintéticos (formados por sufixação) não se justificam.
Em relação aos diminutivos, qualquer pessoa poderá dizer: «Esta querida galinhinha.» Como vemos, razões afectivas poderão dar lugar ao diminutivo sintético.
Se nos referirmos a uma galinha jovem, usaremos a denominação de franga, que não é estruturalmente um diminutivo.
Em relação aos ovos, as diferenças também estão relacionadas com o género de ave de onde derivaram. Um ovo de avestruz é sempre maior do que um ovo de galinha. Também por razões afectivas, usamos o diminutivo ovinhos para os ovos normais dos pássaros.
Os graus aumentativo e diminutivo são muito mais frequentes que o aumentativo e o diminutivo dos substantivos abstractos. De qualquer modo, de acordo com as características da língua portuguesa, poderão surgir os diminutivos surpresinha e surpresazinha.
Os graus dos substantivos abstractos são marcados mais frequentemente com adjectivos. Exemplo: «Para ti, foi uma pequena surpresa, mas, para mim, foi uma grande surpresa.»