Sabemos que o indicativo é o modo verbal que nos apresenta os factos verdadeiros, reais ou tidos como tal. E que o conjuntivo (ou subjuntivo no Brasil) é o modo que nos apresenta os factos incertos e os não reais.
Sendo assim, quer a oração seja restritiva quer explicativa, a linguagem apresenta-se do mesmo modo. Exemplo da frase:
«Vou falar com o grupo que precisar de ajuda.»
O fa(c)to de a oração ser ou não ser restritiva, nada tem que ver com o emprego ou não emprego do conjuntivo.
Não sei se é isto que o prezado consulente deseja saber. Estamos ao seu dispor no caso de alguma dúvida permanecer.
O uso do futuro do conjuntivo/subjuntivo
Pesquisei as perguntas anteriores sobre o uso do subjuntivo (conjuntivo em Portugal), mas como não encontrei uma resposta à minha dúvida, gostaria de enviá-la agora. Sei que não é possível usar o futuro do subjuntivo em orações subordinadas adjetivas explicativas; minha dúvida é: por que motivo? As gramáticas e outras fontes de referência que consultei dizem apenas que isso não é possível, mas não explicam o porquê.
Alguns exemplos:
Vou falar com o grupo que precisa de ajuda. (restritiva – presente do indicativo)
Vou falar com o grupo, que precisa de ajuda. (explicativa – presente do indicativo)
Vou falar com o grupo que precisar de ajuda. (restritiva – futuro do subjuntivo)
**Vou falar com o grupo, que precisar de ajuda. (explicativa – futuro do subjuntivo – incorrecto).
Agradeço-lhes antecipadamente pela ajuda.
G. Santos
Brasil
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José Neves Henriques
21 de janeiro de 2002
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