Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Relato de discurso
Luiz Gustavo Estudante RJ, Brasil 705

Por que na frase «O horror da cena atraía os olhos, mas eu os desviava, talvez pensando assim: tudo desaparece, tudo é fantasia» possui aposto explicativo?

Isto é, «tudo desaparece, tudo é fantasia» sendo aposto de «assim»?

Não deveria ser considerado como objeto direto, uma vez que «assim» é adjunto adverbial, ou seja, termo acessório?

Ou será que é porque o «assim» é um termo catafórico que introduz um aposto? Se sim, quais seriam os termos catafóricos? Pensei que seriam só os pronomes demonstrativos.

Maria Eduarda Pian Sohne Estudante Viamão, Brasil 950

Na estrutura oracional «Não entendo: a palavra comissária vem de comissão, não é?», a oração que segue os dois pontos desempenha a função sintática de aposto?

Maria Lopes Revisora Coimbra, Portugal 3K

O meu grande agradecimento ao ciberduvidas. E felicitações pelo contributo para a Língua Portuguesa.

A resposta foi dada em várias entradas. Parece consensual esta forma:

«— Amanhã vai chover — disse o Manuel. — O céu está muito escuro. Neste exemplo, o primeiro travessão serve para introduzir a fala da personagem (3), e o segundo, para separar o que é fala da personagem do que é discurso do narrador. O primeiro ponto justifica-se porque termina o período (2). O terceiro travessão é de novo sinal de introdução do discurso directo e termina com a pontuação respetiva. Como o locutor é o mesmo, não há mudança de linha.»

Encontro uma forma diferente de pontuação e de uso da maiúscula na frase intercalada num autor e peço esclarecimento sobre a sua correção e aceitação:

A «– Nem desses plenários tive conhecimento. – Garanti. – Nada tenho a ver com isso.»

B «– Simplifiquei ao máximo e menos do que isto é impossível. – Explicou. – Mas eles não querem estudar e não vão concordar com nada.»

C «– Como não há?! – E eu próprio fui procurar aquele produto insubstituível. – Ora vê! Está aqui!...» 

Muito obrigada.

Maria Manuela Salvador Cunha Professora aposentada Porto, Portugal 1K

«Ela respondeu:

– São quatro horas.»

Neste diálogo, como se classifica a segunda oração?

Muito grata pela colaboração e saber.

Augusta Sá Estudante Lisboa, Portugal 36K

O que caracteriza o discurso direto livre? Como se distingue este do discurso indireto livre?

Obrigada.

Teresa Domingos Professora Faro, Portugal 12K

Gostaria de saber qual a diferença entre expressões populares e expressões idiomáticas, se possível com exemplos.

Carlos Pinto Santos Jornalista Lisboa, Portugal 3K

Uma amiga minha, jornalista e tradutora uruguaia, consultou-me sobre a expressão finca-ratunha («Até parece que é por finca-ratunha!»). Confesso o meu desconhecimento. Podem ajudar?

Elisânia Santana Professora João Pessoa, Brasil 27K

Quero fazer uma dedicatória em minha dissertação a minha avó já falecida. Como escrevo?

Por exemplo: «À minha avó (in memoriam).»

Está certo assim?

Anabela Augusto Professora Alcobaça, Portugal 136K

Sou professora de 1.º ciclo e surgiu uma dúvida num texto. Não sei se se trata de um narrador participante ou não participante. Passo a transcrever:

Decididamente, o meu amigo Inocêncio, com o seu espírito fraco e facilmente influenciável por tudo e por todos, há de acabar por acabar mal... Ora imaginem para o que lhe deu: sentindo-se ligeiramente indisposto foi a conselho da esposa e pela primeira vez na sua vida ao médico.

— Todo o seu mal deriva do pâncreas!

— De quem, doutor?— inquiriu alarmado o Inocêncio...

O texto continua sempre na 3.ª pessoa do singular. Mas, como começa na 1.ª pessoa do singular, surgiu a dúvida.

Helena Bruno Professora Évora, Portugal 20K

Como explicar aos alunos, exatamente, as diferenças e semelhanças entre estes dois conceitos, no âmbito do estudo do texto dramático: aparte e monólogo.