A passagem de Dia do Trabalhador em Portugal deu de novo visibilidade à confusão recorrente1 na grafia da abreviatura do ordinal [1.º] com a do símbolo da unidade de temperatura [1º]. Tão simples quanto isto: qualquer abreviatura incluindo a dos números ordinais leva o ponto, como sinal disso mesmo; nenhum ponto, no caso dos símbolos e unidades de medida.
1 Uma confusão recorrente em vários registos, alguns deles nada abonatórios do rigor da informação aí divulgada – anos e anos a fio.
Cf. Dia do trabalho é feriado em 157 países membros da ONU
N.E. (30/04/2018) – 1.º de Maio escreve-se com M maiúsculo, neste sentido da celebração do Dia do Trabalhador. Noutro diferente contexto, maio, como os demais meses do ano, passou a grafar-se com a letra inicial minúscula. Assim o prescreve, quanto às datas históricas, festas ou festividades a e) do ponto 2 da Base XIX do Acordo Ortográfico de 1990*. Portanto: o 1.º de Maio, o 25 de Abril, o 10 de Junho, 5 de Outubro, o 1.º de Dezembro, etc.; mas: a 1 de maio, no dia 25 de abril, a 10 de junho, em 5 de outubro, na data de 1 de dezembro, etc. **
* Base XIX ( alínea e do parágrafo 2): «A letra maiúscula inicial é usada: a) Nos antropónimos/antropônimos, reais ou fictícios: Pedro Marques; Branca de Neve, D. Quixote; b) Nos topónimos/topônimos, reais ou fictícios: Lisboa, Luanda, Maputo, Rio de Janeiro, Atlântida, Hespéria; c) Nos nomes de seres antropomorfizados ou mitológicos: Adamastor; Neptuno/Netuno; d) Nos nomes que designam instituições: Instituto de Pensões e Aposentadorias da Previdência Social; e) Nos nomes de festas e festividades: Natal, Páscoa, Ramadão, Todos os Santos»
* *Acontece o mesmo com o castelhano, como lembra esta recomendação da Fundação para Espanhol Urgente (Fundéu): Primero de Mayo en mayúscula, pero puente de mayo em minúscula.