Num filme de Hollywood, imperadores romanos, marcianos ou seres pré-diluvianos... todos falam, naturalmente, em inglês. Ou não fosse o cinema de massas a forma mais eficaz de divulgar uma língua. Há excepções: por exemplo, a do realizador de Avatar, que encomendou uma língua nova a um linguista; ou a de Mel Gibson, no filme A Paixão de Cristo, que pôs as personagens a falar aramaico, latim e hebraico.
Aparentemente, a tendência generaliza-se e, pela primeira vez, uma novela da Globo levou os seus actores à Universidade de São Paulo para aprenderem o léxico e a fonética do italiano. O objectivo é fazer com que os diálogos em que participam personagens oriundas da Toscana, Itália, se desenrolem numa pronúncia academicamente verosímil — mistura de português com italiano.
A VII Reunião de Ministros da Cultura da CPLP decorreu no dia 18 de Junho, no Palácio Nacional de Sintra. Constam das deliberações finais a organização do Congresso de Cultura de Língua Portuguesa e a aplicação do II Programa de Fomento à Produção e Teledifusão de Documentário da CPLP.
É legítimo perguntar que medidas foram agendadas para o apoio à edição, em livro electrónico ou em papel, de obras literárias e não literárias, e que acções vão visar a amplificação ou implantação de redes de bibliotecas, nos países em que, manifestamente, essa rede é precária ou inexistente. O apoio à edição e à difusão do livro é medida de retaguarda fundamental ao ensino do português.