As palavras parónimas sempre foram pasto apetecível para o erro: são clássicas as confusões entre comprimento e cumprimento, previdência e providência. Muitas vezes, o risco cresce, quando em certas variedades da língua, como o português mais lisboeta, há parónimos que o ouvido não distingue porque passam a homófonos, na fala mais rápida ou descontraída: é o caso, por exemplo, de despensa e dispensa... ou de descriminar e discriminar. Esta última troca é extensível às respetivas nominalizações, descriminação e discriminação, como assinala, no Pelourinho, Paulo Barata, ao detetar mais uma situação deste tipo num semanário português.
No consultório, desvendam-se as origens futebolísticas da expressão «arrumado como o Caldas», dão-se indicações para a acentuação gráfica dos infinitivos seguidos de pronomes pessoais átonos e reflete-se sobre a possibilidade de cruzadista não significar apenas «aquele que se ocupa com ou de palavras cruzadas».
Lembramos que na Ciberescola da Língua Portuguesa e nos Cibercursos se disponibilizam recursos diversificados – exercícios, testes diagnósticos, guiões de aula, uma antologia, um programa de aprendizagem colaborativa – para apoio do ensino e da aprendizagem do português (língua materna e não materna). Nas referidas plataformas, também continuam abertas as inscrições nos seus cursos individuais para falantes estrangeiros (Portuguese as a Foreign Language). Mais informações no Facebook e na rubrica Ensino.
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