Antologia // Portugal Um perigo, as palavras Um poema de Alice Vieira, extraído de O que dói às Aves (Caminho, 2009, p. 75). Alice Vieira · 14 de fevereiro de 2025 · 747
Antologia // Portugal Dicção Um poema retirado de A Matéria do Poema (2008), de Nuno Júdice (1949-2024). Nuno Júdice · 2 de setembro de 2024 · 1K
Antologia // Portugal A invenção dos adjetivos No tempo de Adão e Eva Nos idos Adão e Eva não havia adjetivos, «só substantivos, como o sol, a terra, o céu, a serpente, etc. Até que aparece Eva, «assim como uma borboleta tomada pela brisa do pôr de sol e, com uns olhos que irradiavam uma luz desconhecida».... Crónica do escritor Fernando Évora, transcrita, com a devida vénia, da revista ASSESTA, da Associação de Escritores do Alentejo, de junho de 2023. Fernando Évora · 17 de setembro de 2023 · 3K
Antologia // Portugal Ah, as palavras! Da autoria do escritor, poeta e tradutor português Vasco Graça Moura (1942-2014), um poema inserto no livro Testamento de VGM (Edições Asa, 2002, p. 20; também disponível na Quetzal Editores, numa edição de 2019). Vasco Graça Moura · 9 de outubro de 2019 · 3K
Antologia // Portugal Em Louvor da Língua Portuguesa Floresça, fale, cante, oiça-se e vivaa portuguesa língua, e já onde for,senhora vá de si, soberba e altiva!Se até aqui esteve baixa e sem louvor,culpa é dos que a mal exercitaram,esquecimento nosso, e desamor!(...) António Ferreira · 7 de setembro de 2015 · 8K
Antologia // Portugal A minha língua A minha língua é bonita como um vestido de domingoé bela como o tempotem passado, presente e futurotem sons que enchem a minha casa de afetosafetos dos sentidos, dos cincoafetos que me afetam e me tocamme vestem e despem a almae arrancamos pregos que me amarrame alteram a minha vida, numa transformação físicae tem cores que se misturam na água da minha bocanuma solução química, ora doce ora amarga.a minha língua fica às vezes presa com... Guadalupe Magalhães Portelinha · 14 de fevereiro de 2014 · 7K
Antologia // Portugal Esta língua e eu Nunca vou conseguir avaliar esta língua apenas pela sua música. Está demasiado dentro de mim para que seja capaz de alcançar esse exercício. Disse a minha primeira palavra em 1975 e, desde então, o meu vocabulário tem aumentado. Ao ponto de, quando não sou capaz de dizer algo nesta língua, ter a sensação, certamente errada, de que se trata de um assunto impossível de descrever. José Luís Peixoto · 12 de setembro de 2013 · 6K
Antologia // Portugal Madre língua portuguesa Madre língua portuguesa,Sombra dos coros divinos;— Milagre da naureza:De rouca e surda rudezaErguida em sons cristalinos![...]Alta espada de dois gumes,Castelo das cem mil portas:Língua viva, que resumes — Rescaldo de ttantos lumes! —O génio das línguas mortas...[...]Ai de mim! Para louvar-te,Chovessem na minha mãoEstrelas de toda a parte;Fosse um trovão a minha arte;Fosse a minha alma um vulcão! António Correia de Oliveira · 24 de julho de 2011 · 5K
Antologia // Portugal A nossa querida língua Eu amo tanto a nossa língua, esta nossa querida língua portuguesa! — fidalga de nascença pelos pais, cedo emancipada e logo rica, modesta no aspecto, dada no trato, grave no som, sóbria na tinta, gentil de linhas, e por ser desembaraçada de partículas inúteis, precisa nos conceitos, rápida nas máximas, evidente nos contrastes; e ao mesmo tempo cândida para bucólicas, terna para lirismos, altiloqüente nas estrofes das epopéias sonorosas, esquiva no diálogo curto, avolumada no discurso lento, s... Antero de Figueiredo · 11 de julho de 2011 · 5K
Antologia // Portugal Cantar em que a língua fala Cantei nos Cantares de Amigo, cantando, a Pátria nasceu; Portugal floriu comigo quando a poesia cresceu. Ai flores, ai flores dos Cancioneiros,oh graça e sorriso dos poemas primeiros! Ondas do mar me embalaram, tanto andei a navegar, que nos meus ritmos ficaram íris e longes do mar. <... Afonso Lopes Vieira · 8 de junho de 2011 · 3K