Controvérsias - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Português na 1.ª pessoa Controvérsias Norma e variação
Polémicas em torno de questões linguísticas.
O português sem discriminação no mundo digital
Falar "errado" e policiamento linguístico

«[N]esse mundo sem fronteiras que é a Internet não faltam os policiamentos linguísticos e as discriminações contra aqueles(as) que ousam ferir o ideal do português padrão, correto, incorruptível. Para os que rompem com esse ideal não faltam adjetivos como “burros”, “ignorantes”, “assassinos da língua”, “analfabetos”, entre muitas expressões que circulam nas redes. Mas que português castiço seria esse?»

Crónica da linguista Edleise Mendes incluída no programa de rádio Páginas de Português (Antena 2), em 13 de fevereiro de 2022, a respeito de como o uso dos meios digitais levanta questões importantes sobre usos informais e norma linguística, especialmente no Brasil.

O que o casamento com uma brasileira <br>pode ensinar a um português sobre a sua própria língua
Atitudes que levam a desvitalizar a expressão linguística

«Em Portugal, precisamos de exprimir-nos com menos espartilhos e descobrir que o valor da nossa língua deriva da sua vitalidade e pluralidade e não da preservação de um modelo tradicionalista de comunicação, defende o economista Rodrigo Tavares em crónica para a TSF, datada de 14 de dezembro de 2020.

Desigualdades sociais, desigualdades linguísticas

Deverá a norma-padrão resistir à diversidade e à mudança, sem ser posta em causa? Ou a atitude certa é aceitar toda a variação linguística? E se estas atitudes tantas vezes em conflito acabam, afinal, por descurar os problemas sociais que condicionam o uso da língua? Acerca deste tipo de interrogações, o linguista brasileiro Aldo Bizzocchi manifesta a sua posição, num texto publicado no seu blogue Diário de Um Linguista (5/12/2018), do qual se salienta a seguinte frase, a propósito do papel da linguística: «[...] é fato que a diversidade linguística é um prato cheio para os cientistas da linguagem. Mas isso não quer dizer que os linguistas sejam contra a escolarização e o ensino da norma culta nas escolas – ainda que com todas as críticas que nossa gramática normativa merece e tem recebido.»