O nosso idioma // Português em Angola «Vai despedir a mãe» Quando um verbo perde a regência «Há verbos que exigem uma preposição para o ligar ao seu complemento, conforme acabámos de ver com o verbo ir. No entanto, há aqueles que a dispensam («ouvi vozes»). A presença ou não de uma preposição a seguir a um verbo pode alterar o sentido de uma frase.» Apontamento do linguista e professor Tomás Calomba (Universidade de Luanda/IPGEST) a respeito do uso de despedir sem regência, que leva a dizer «despedir a mãe» em vez de «despedir-se da mãe». Texto gentilmente cedido pelo autor ao Ciberdúvidas e transcrito mantendo a ortografia vigente em Angola, ao abrigo da norma ortográfica de 1945. Tomás Calomba · 23 de setembro de 2025 · 980
O nosso idioma // Português em Angola Colonialismo e língua portuguesa A propósito da emigração portuguesa para Angola depois de 2008 «Em Angola, ainda hoje, é considerado angolano alguém que fale bem português, que tenha um nome português» – afirma o geógrafo Asaf Augusto, na entrevista que concedeu à socióloga Carlota Moura Veiga (Centro de Investigação e Estudos de Sociologia – CIES-IUL) e na qual deu conta da sua investigação sobre o fluxo migratório de cidadãos portugueses para Angola na sequência da crise financeira mundial de 2008. Transcreve-se aqui, com a devida vénia, um extrato dessa entrevista, incluída em setembro de 2022 em OEm Conversations with, publicação periódica de entrevistas do Observatório da Emigração, do CIES-IUL do ISCTE-IUL. Referência do texto integral; Moura Veiga, Carlota (2022), “Colonialismo e emigração portuguesa para Angola: entrevista com Asaf Augusto”, OEm Conversations With, 31, Observatório da Emigração, CIES, Iscte, Instituto Universitário de Lisboa. Asaf Augusto, Carlota Moura Veiga · 9 de setembro de 2022 · 2K