— Spike. A glicoproteína de pico do SARS-CoV-2, como é denominada cientificamente esta proteína, foi detetada pela primeira vez a um nível significativo no início de março de 2020. A sua estrutura genética é utilizada pelos coronavírus (como o SARS-CoV-2, responsável pela covid-19) para se fixar às paredes externas das células humanas e assim alcançar o primeiro passo da infeção. Foi recriada na imagem mais detalhada de sempre, aqui. Cf. Proteína N
Cf. Fact check. A proteína spike que o corpo produz após ser vacinado é tóxica? + Surgimento de uma variante SARS-CoV-2 com mutações na glicoproteína de pico
— Spikeavax. O nome em que passou a denominar-se a vacina da empresa farmacêutica Moderna. Cf. Imunidade + Moderna + Pfizer + «Suprime, suprime, suprime» + Vacina + Vacinação anual
— Spread. Termo da área da economia, que ainda não encontrou equivalente estável em português, ainda que diferença (de preços na compra e venda de ativos ou instrumentos financeiros) e margem (sobre taxa de juro) sejam palavras que o definam. O anglicismo prevalece nas notícias e comentários sobre linhas de crédito para apoiar as empresas pelo impacto que estão a sofrer com a crise.
— Sputnik V. Denominação da vacina russa contra a covid-19 – anunciada como sendo 92% eficaz contra a covid-19, de acordo com os resultados de ensaios provisórios. O nome da vacina é formado pela palavra sputnick, que retoma o nome do primeiro satélite artificial russo posto em órbita, e pela inicial V, que representa a palavra «vacina« ou «vitória« (em várias línguas). Deste modo, o V não corresponde a um numeral romano, pelo que a palavra deve pronunciar-se /sputnique vê/, e não “sputnique cinco”. Cf. Alexánder Guíntsburg + CoronaVac + Coronavir + Guerra fria + Imunização + Johnson & Johnson + «Luz ao fundo túnel»? + «Suprime, suprime, suprime» + Vacina + Vacina russa
Cf. Os ensaios clínicos do Sputnik V + Putin garante que vacina russa está pronta para ser distribuída + A Guiné começou a vacinar com a Sputnik V + Vacina russa Sputnik V com 91,6% de eficácia contra a covid-19 + Pfizer, Moderna, AstraZeneca… e a vacina russa? Oito perguntas e respostas sobre a Sputnik V
— Stalkerware*. Um crescente número de pessoas passou a utilizar a tecnologia para espiar o que outras fazem online, desde o início da pandemia. Os parceiros românticos são o alvo mais frequente. Cf. Ano dois + Ciberataque(s) + Cibercrime + Ciberpirataria
* Stalkerware ou spyware, em inglês, são aplicativos informáticos de espionagem via telemóvel, também conhecidos como apps espias.
Cf. Como descobrir quem nos está espiara no celular
— Startup. Expressão de origem inglesa que designa empresas ou negócios em fase de arranque. Estas empresas têm sido muito afetadas pela pandemia.
Cf. Covid-19: 73,1% das startups nacionais está a sofrer impacto negativo + Startup portuguesa desenvolve dispositivo que monitoriza vários tipos de tosse
— StayAway Covid. Aplicação portuguesa usada nos telemóveis para alertar os utilizadores de contactos de risco com alguém a quem foi recentemente diagnosticado o novo coronavírus. O seu uso era voluntário e gratuito, no objetivo de funcionar como uma ferramenta complementar para travar a propagação da covid-19 no país — mas a sua contestação (inclusive por parte da Comissão Nacional de Proteção de Dados) levou o Governo português a suspender o seu uso obrigatório. Outra crítica: o uso do nome em inglês. Cf. App + Geolocalização
Cf. Stayaway: As questões por responder + Covid-19. SNS24 já recebeu contactos de pessoas alertadas pela ‘app’ de rastreio + O que sabe sobre a StayAway? + Ritmo cardíaco, oxigenação, febre. A app que deteta sintomas de covid nos idosos + A app obrigatória e a maluqueira opcional + Dura Covid, sed Covid + As democracias e a tentação do fascismo digital + Governo suspende proposta sobre uso obrigatório da app StayAway Covid e máscaras
— Subnutrição*. A subnutrição grave está a aumentar para níveis catastróficos em todo mundo, alerta a UNICEF: «A cada 60 segundos, há mais uma criança em risco de vida, sobretudo em países que dependem fortemente da importação de cereais e onde há uma seca extrema. Com as economias ainda em recuperação da pandemia, cria-se a “tempestade perfeita” – covid-19, brutal quebra nas exportações de cereais e de combustíveis provocada pelo conflito, as alterações climáticas e a inflação galopante –, [colocando] 13,6 milhões de crianças em risco no ano de 2022». Cf. Desnutrição + * Fome
— Suécia. No contexto da pandemia, o país ficou conhecido pelas medidas leves que implementou. Inicialmente, foi considerada uma estratégia de sucesso, mas, posteriormente, dado o elevado número de mortos que provocou, foi considerada uma aposta fracassada. Cf. Imunidade de grupo + «Números (todos) na direção errada»
Cf. Afinal, a estratégia da Suécia contra a covid-19 fracassou ou foi um sucesso?
— Suicídio. Dados da ONU referem que uma pessoa comete suicídio a cada 40 segundos no mundo – calamidade agravada com o surto do novo coronavírus. Cf. Ansiedade + Desemprego + Desigualdade
Cf. Iraque preocupado com aumento em casos de suicídio, a maioria é de mulheres
— Superanticorpo. Denominado S2H97, uma equipa de especialistas da Fred Hutchinson Center, nos EUA, anunciou ter identificado um anticorpo que pode combater o vírus responsável pela covid-19 e as suas variantes, mas também outros tipos de coronavírus. Cf. Anticorpos + S2H97
— Supercertificado. A disseminação da variante ómicron, que os cientistas temem ser a mais contagiosa até agora do vírus Sars-CoV2, levou a adoção, por vários governos europeus, de novas e fortes medidas de restrição. Foi o caso de Itália, com o reforço do uso do certificado digital da covid-19 entre os dias 6 de dezembro de 2021 e 15 de janeiro de 2022, como forma de impedir o acesso de não vacinados a espaços e a atividades de cultura e lazer, não bastando, já, a apresentação de um teste negativo. Cf. Anticonfinamento + Testar, rastrear, isolar, vacinar
— Supercontagiadores. Em média, cada pessoa infetada pelo novo coronavírus contagia outras duas ou três pessoas, mas há quem possa infetar muito mais, dezenas. Chamam-lhes também supertransmissores – um fenómeno também já observado no caso de outras doenças como a por vírus ébola, o tifo, a sida ou a síndrome respiratória aguda grave (SARS). Cf. Contágio + Infeção
Cf. Quem são os supercontagiadores na propagação da Covid-19?
— Supercontágios. Eventos grandes onde os contágios podem ter uma grande disseminação. Segundo alguns especialista são eventos desta natureza os grandes responsáveis pelo aumento dos números de infeções. Reuniões políticas, conferências de negócios, torneios desportivos ou reuniões familiares de amigos alargadas são eventos considerados incubadores de infeções. Cf. Contágio + Pontos de contágio + Supercontagiadores
Cf. Supercontágios: o combustível da pandemia?
— Superdisseminadores. São considerados “superdisseminadores” pessoas que têm um poder de disseminação do coronavírus até 10 vezes mais do que a média para a mesma faixa etária. Segundo os cientistas, «o grosso dos superdisseminadores» encontra-se na faixa entre os 30 e os 39 anos, que corresponde a cerca de 2,5% da população portuguesa. Investigadores da Universidade de Aveiro (UA) defendem que devem ser vacinados primeiro os “superdisseminadores”, para limitar a propagação da covid-19 e diminuir o número de mortes. Cf. Plano de vacinação + Vacina
— Superimunidade. É o que adquirem as pessoas com infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 e que estejam vacinadas: uma superimunidade muito superior à proteção imunológica de quem apenas recebeu a vacina – segundo uma investigação da Oregon Health & Science University, dos EUA. Cf. «Viver com o vírus» + Serial interval
— Supertransmissão. Fenómeno em que um indivíduo infetado infeta um grande número de outros. Cf. Supercontágios + Superdisseminadores
— «Suprime, suprime, suprime». Foi (em inglês) a frase-apelo do diretor-geral da OMS, o etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus, aos governos e cidadãos do mundo para que façam todo o possível para eliminar a transmissão do coronavírus, «fazendo o básico»: «Usar máscara, manter o distanciamento social e fazer a higiene das mãos regularmente são precauções suficientes para manter o vírus longe. Cada um deve cuidar de si mesmo e das pessoas que ama. Com as medidas que temos à mão, podemos suprimir o vírus.» Cf. Distanciamento social + Higienização + Máscara + Vacina
— SURE. Acrónimo resultante da expressão Support to mitigate Unemployment Risks in an Emergency, que designa um instrumento criado pela União Europeia para proteger o emprego e as empresas em contexto da pandemia covid-19. Cf. Crise económica + Desemprego + Despedimentos + Lay-off
Cf. Conselho adota apoio temporário para atenuar riscos de desemprego numa situação de emergência (SURE) + O empréstimo SURE
— Surto. Aparecimento rápido ou aumento súbito de uma doença numa determinada região, comunidade ou estação do ano. O número de casos pode variar de acordo que causa a doença, sendo também avaliada a sua dimensão e o tipo de exposição anterior quando se trata de uma doença conhecida. Para ser classificada com surto esse número terá de ser acima expectativa normal e ocorra numa área geográfica limitada. Usa-se a expressão «surto pandémico» para referir a transmissão entre pessoas do vírus na comunidade e em vários países em simultâneo, como aconteceu com o covid-19 – que começou como surto na cidade chinesa de Wuhan até se transformar numa pandemia global. O estudo do surto do SARS-COV-2 em Portugal e no mundo tem sido acompanhado por meio do tratamento dos dados, que permite elaborar gráficos e mapas. A expressão «surto(s) ativo(s)» designa as situações e locais em que a transmissão da infeção continua a ocorrer. Cf. Confinados na China, 37 milhões + Novos casos
— Surtos (ou casos) ativos. O mesmo que focos ativos.
Cf. Portugal tem 161 surtos ativos. Mais de metade na região de Lisboa e Vale do Tejo
— Suzete Prata. Em Portugal, a vacina um milhão foi administrada a Suzete Prata, de 91 anos, no Centro de Vacinação da Ajuda, em Lisboa. Cf. António Sarmento + Plano de vacinação + Vacina
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