«Opinion makers», porquê?
Um anglicismo escusado
Fernando Gomes, presidente da Câmara Municipal do Porto é, hoje, um dos políticos mais ouvidos no país. Tem, por isso, responsabilidades acrescidas quando fala para os órgãos de comunicação social. E quando opina sobre a regionalização, como aconteceu na última quarta-feira, deve ter em mente que o respeito pela língua portuguesa fica bem a todos os lusófonos, particularmente a um regionalista da sua craveira, mais a mais sendo ele uma figura mediática tão importante na defesa de tais posições.
Por essas razões, e pertencendo à região onde surgiu o nosso maltratado idioma (o Norte de Portugal), não necessitava o autarca Fernando Gomes de utilizar — aos microfones da rádio portuguesa TSF –, de forma indistinta, as expressões opinion makers e opinion leaders para designar aqueles que têm influência sobre a opinião pública. Custava assim tanto falar a língua dos seus concidadãos e, simplesmente, dizer líderes de opinião?