Pelourinho Sobre a redundância “tremendamente enorme” 1.«Acho tremendamente enorme que Barcelos, por exemplo, tenha 37% de cesarianas, quando só aceita grávidas normais.»1 Poderia ter-se considerado tremendo que Barcelos tivesse 37% de cesarianas ou enorme a percentagem de cesarianas. Desadequada foi a utilização do adjectivo enorme para caracterizar ou qualificar o que se exprimiu numa oração («que Barcelos tenha 37% de cesarianas»). O adjectivo enorme liga-se a... Maria Regina Rocha · 17 de maio de 2006 · 2K
Pelourinho Sujeito no plural, predicado no plural «A questão, porém, persiste. E quando se vê e revê as imagens televisivas da actuação da polícia, quando se lê e relê as notícias nos jornais, a questão que salta à vista é saber...»1 É, de facto, um erro persistente este dos verbos como ver (ou rever), ler, vender, alugar, etc. conjugados no singular com o sujeito no plural. 1 São José Almeida, Público de 13 de Maio p.p., pág. 13 José Mário Costa, Maria Regina Rocha · 15 de maio de 2006 · 4K
Pelourinho Ainda e sempre o torpedeado verbo haver Erro ainda pior veio no jornal “24 Horas” de 14 de Maio p. p.: «O presidente do FC Porto alertou para os problemas de segurança que podem existir caso hajam espectadores a mais no Jamor.» É das regras mais básicas da língua portuguesa: o verbo haver no sentido de «existir» não tem plural; conjuga-se só na terceira pessoa do singular, independentemente de se lhe seguir... José Mário Costa · 15 de maio de 2006 · 5K
Pelourinho A colocação do pronome pessoal em orações relativas «Quem se cruzou com o ‘Noivo’ da TVI foi Lurdes Norberto (...). ‘Interessava-se muito por leitura’, conta a actriz que lembra-se de um episódio bem saboroso quando o actor levou o elenco a um restaurante na Póvoa de Varzim (...).»3 Nas orações começadas pelo pronome relativo que, o pronome pessoal se precede o verbo: «As pessoas que se amam», «os livros que se lêem», «as visitas que... José Mário Costa, Maria Regina Rocha · 12 de maio de 2006 · 3K
Pelourinho «Se revir», e não «se "rever"» Confrontado pelos jornalistas com a notícia da desistência do empresário Patrick Monteiro de Barros da construção de uma nova refinaria em Sines – e das críticas daí decorrentes ao Gover... José Mário Costa, Maria Regina Rocha · 12 de maio de 2006 · 8K
Pelourinho Legendas calinas De arrepiar os erros de ortografia e de concordância nas legendas e nos rodapés informativos das televisões portuguesas. «Ministro das Finanças não vê razões para baixar prespectivas (em vez de perspectivas de crescimento»; «ONU não conseguiu intendimento (em vez de entendimento)»; «China e Rússia põe reservas (em vez de põem reservas)»2. 2 in “Telejornal” e “Jornal da Tarde” da RTP-1, 9 de Maio de 2006. José Mário Costa, Maria Regina Rocha · 12 de maio de 2006 · 3K
Pelourinho "Tot ziens", sr. Koeman! Ronald Koeman deixou de ser treinador do Benfica. Valha a verdade, sem deixar grandes saudades aos benfiquistas, que sonhavam com bem mais do que a excelente carreira da equipa na... José Mário Costa · 9 de maio de 2006 · 3K
Pelourinho Sujeito no singular, predicado também no singular 1. «Acho que o grau de participação nestas eleições directas foram um sinal de força e de vitalidade que os militantes do partido deram ao partido e ao país», disse o reeleito presidente do PSD, Luís Marques Mendes, em declarações nas televisões portuguesas neste último fim-de-semana. Se o sujeito da frase é «o grau d... Maria Regina Rocha · 8 de maio de 2006 · 2K
Pelourinho Amaldiçoado verbo haver!... «Se houvessem divergências doutrinárias, se houvessem divergências políticas de fundo, eu acho que estaríamos numa situação difícil.» Quem disse este erro de palmatória é um deputado português, dirigente de um partido, o Partido Popular, que já foi foi Governo em Portugal. Como é possível um ex-governante e deputado dar exemplos destes (passaram em todas as televisões e rádios nacionais)? José Mário Costa, Maria Regina Rocha · 8 de maio de 2006 · 5K
Pelourinho «De encontro a... » não é o mesmo que «ao encontro de...» + a colocação do pronome reflexo "se" 1. «Este depoimento (...) vem de encontro ao que os próprios médicos especialistas dizem: há vantagens efectivas na prática da hidroterapia.»1 O que se devia ter dito era «vem ao encontro de», ou seja, «está de acordo com». «De encontro a» significa contra, sugere o embate, a oposição, e não a harmonia.(...) Maria Regina Rocha · 4 de maio de 2006 · 3K