Pelourinho - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Registos críticos de maus usos da língua no espaço público.

Há quem critique, e bem, a falta de cuidado no ensino da Língua Portuguesa. Diria mesmo ser assunto cómodo para conversas de circunstância - mas só até ao momento em que alguém comete a imprudência de apresentar exemplos. Aí, cuidado!

O corrector pode acabar corrigido.

Exemplos de efeito seguro são o «quêiramos», o «póssamos», o «supônhamos». Com eles, não há finaço doutor que não faça boa figura. São vícios ...

Se dizemos dezenas de mortos (ou de vivos, ou de feridos, ou de deslocados, ou de qualquer outra unidade, do que quer que seja), por que razão se há-de enunciar o milhar só no singular, quando o milhar tem plural? Dezenas de "milhar" de mortos em vez de milhares, porquê? O numeral cardinal milhar não funciona, aqui, como adjectivo (tal como em milhares de outras frases de semelhante analogia, fale-se de pessoas, de laranjas ou de carneiros)?

Um prezado correspondente chamou a nossa atenção para o emprego indevido - por um notório político português - da palavra inglesa «sponsor», em vez das portuguesas patrocínio, patrocinar, patrocinador.
     O nome do político é secundário, porque nem nós vimos o programa televisivo onde isso aconteceu, nem o nosso correspondente nos pôde transmitir o contexto exacto em que a afirmação foi feita, e - mais importante - porque não é falha de um só r...

Por Ciberdúvidas

Esta secção serve para realçar desvios às normas de português supostamente em vigor nas escolas - quando cometidos em público e, de preferência, por figuras públicas.
     Ciberdúvidas, que tem suscitado milhares de consultas, é neste assunto uma «figura pública» de responsabilidade acrescida. Por isso, quando erra no que não pode, merece um lugar especial no "Pelourinho".
     Temos assinalado falhas nossas: pela correcção de respostas ant...

É conhecida a apetência especial do ex-Presidente português, Mário Soares, em falar francês com pronúncia portuguesa. Por exemplo, Mitterrand ("mon ami Mitterrand"), ele diz sempre: "Mitterand", como se Mitterrand se escrevesse só com um r e mal tocando no r. É uma opção, um estilo, uma marca distintiva que só fica bem a um lusófono ainda com responsabilidades públicas.
     Choca, por isso, só por isso, vê-lo dar assim o dito pelo não dito na inversa, i...

Sobre dois erro muito recorrentes: "encapuçados", em vez de encapuzado(s), e o plural de aval.

   Muitas das palavras que os brasileiros usam em inglês são substituídas em Portugal por equivalentes na língua-mãe. Veja alguns exemplos:

   Aids - em Portugal é Sida, sigla que corresponde à tradução
   Síndrome de Imunodeficiência Adquirida
   blecaute - apagão
   boy - moço de recados
   cam...

«Desfolhe-se a lista»?
Desfolhar dif. de folhear

Desfolhar significa tirar, arrancar as folhas e folhear quer dizer percorrer as folhas de um livro...

Os relatores e comentadores futebolísticos da rádio e televisão enfrentam, no dia-a-dia profissional, uma tarefa árdua: comunicar o essencial em pouco tempo e poucas palavras. Amadeu José de Freitas, Artur Agostinho e outros, há alguns anos, sabiam ser concisos e rápidos, sem deixar de cultivar uma linguagem chamativa. Eram - Artur Agostinho, felizmente, ainda é - óptimos utilizadores da Língua Portuguesa.
     Diziam frases simples: «Matateu perdeu a bola»; «Germano ...

Se houvesse mais Claras...
Outro atropelo televisivo ao verbo haver

Aconteceu com quem e onde menos se esperava...