Pelourinho - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Registos críticos de maus usos da língua no espaço público.

A propósito dos presumíveis autores dos incêndios que, por estes dias, fustigam Portugal, refere um leitor do Público:


«Quem foram essas pessoas? Residentes locais, moradores perto das zonas ardidas? Pessoas com atividade suscetível de beneficiar da terra queimada? Madeireiros? Pastores? Criadores de gado? Dementes mentais? […]» (14 de agosto de 2103, p. 44; grafia atualizada por nós).

Sobre como a opção pela reportagem em direto, em situações de catástrofe, nem sempre coincide com o uso sereno que a boa gramática exige. Texto do autor publicado no jornal “i” de 1/07/2013.

 

As primeiras notícias não indicavam que a tragédia ferroviária de Santiago de Compostela iria assumir as proporções que mais tarde se verificaram.

«Foi-lhe, contudo, impossível fazê-lo por indisponibilidades várias – mas não deixou de avisar que amanhã estará às 9.30 na Estrela para seguir à frente da equipa de futebol em direção ao cemitério dos Prazeres, onde se cumprirão as ezéquias fúnebres.»

Referia uma pequena notícia n'A Bola (30 de julho de 2013, p. 4) para explicar a ausência do atual presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, do velório de Fernando Martins, antigo líder daquele clube.

«Com Catió Baldé e Bebiano Gomes, empresário e advogado do extremo, as posições ficaram estremadas […]»,  escrevia-se, assim mesmo, no semanário Expresso (Primeiro Caderno, 20 de julho de 2013, p. 37), a propósito de uma notícia sobre o jogador do Sporting, <a href="http://www.maisfutebol.iol.pt/sporting/contrato-bruma-sporting-maisfutebo...

Um apontamento de Paulo J. S. Barata sobre uma deturpação da expressão «calendas gregas».

 

«Mas também é verdade que nas moções ao Congresso do CDS (adiado para as calendas) havia propostas do género e no PSD circulam coisas parecidas…»
(Editorial do Expresso, Primeiro Caderno, 20 de julho de 2013, p. 3).

Mais um caso de redundância detetado e comentado por Paulo J. S. Barata.

 

«Quando dizemos: o BPN é uma vergonha, é um caso de polícia. É com certeza, subscrevo por baixo [...].»
(Nuno Magalhães, deputado e dirigente português  do CDS, num frente a frente com Manuel Carvalho da Silva, ex-secretário-geral da CGTP, Jornal das 9, SIC Notícias, 19-07-2013, 16m41.)

Paulo J. S. Barata apresenta mais um caso de confusão entre duas formas do verbo poder, podemos e pudemos.

 

A confusão entre podemos e pudemos é um erro recorrente nos media portugueses. Uma notícia do sítio do jornal desportivo português Record, de 6 de julho de 2013, transcreve a seguinte declaração do diretor do Sporting Clube de Portugal, Augusto Inácio:

 

O pleonasmo, sem ganho comunicativo nem estético, é desastrada redundância, como mostra Paulo J. S. Barata.

 

Comentando a recente crise política em Portugal, o jornalista Nicolau Santos, na sua habitual crónica na Antena 1, Contas do Dia (5 de julho de 2013), referiu, a dado passo (min. 7,6), que «[…] a coligação [PSD-CDS/PP] implodiu por dentro</spa...

«Irrevogável», como regista qualquer dicionário, tem o mesmo sentido de «inabalável» ou «definitivo». Ou seja, o contrário do que aconteceu com o assim autoqualificado pedido de demissão do ministro português Paulo Portas. É o que se assinala nesta crónica da jornalista Rita Pimenta, no jornal "Público" de 7/07/2013.

 

Wilton Fonseca discorre acerca do verbo investir e das suas flutuações no discurso da imprensa escrita portuguesa.

O pensamento economicista que guia o nosso quotidiano provoca curiosas transformações na maneira como lidamos com determinadas palavras ou expressões. O verbo investir e as palavras a ele associadas (investida, investidura e investimento, entre outras) podem constituir um bom corpus de reflexão, que me foi sugerido por um estranho título ...