Pelourinho «De (e não “desde”) Valência» O desde (em vez de de) é um modismo há muito instalado no meio jornalístico português, especialmente nos relatores do futebol. E, como modismo, raro já é o jornal que não alinhe pelo... disparate. Como se pôde ler na edição do matutino 24 Horas de 30 de Julho p.p., numa notícia sobre o Benfica e o jogador Simão Sabrosa (...). Maria Regina Rocha · 31 de julho de 2006 · 4K
Pelourinho O senão de um se não «O incómodo é tanto que Pedro Santana Lopes não tem mesmo outra solução se não sentar-se nas últimas filas», escrevia-se no jornal “24 Horas” do passado dia 27 de Julho. Escrevia-se erradamente, porque a grafia certa é senão. Ou seja, devia ter-se escrito assim: «O incómodo é tanto que Pedro Santana Lopes não tem mesmo outra solução senão sentar-se nas últimas filas». Neste caso, senão significa excepto... Maria Regina Rocha · 27 de julho de 2006 · 3K
Pelourinho A moral e o moral da selecção de futebol portuguesa Mais incompreensível é (no mesmo jornal) ainda haver quem não distinga a diferença entre a moral e o moral (além daquela errada concordância verbal)... «....a derrota com a França por 1-0, nas meias-finais, e o afastamento da final de Berlim, deixou marcas pelo menos ao nível da moral dos jogadores [portugueses].»2 2 Paulo Curado, "Público" de 9 de Julho p.p. João Alferes Gonçalves (1944 — 2023), José Mário Costa, Maria Regina Rocha · 14 de julho de 2006 · 4K
Pelourinho Desleixo e rigor na abreviação dos números ordinais A abreviação dos números ordinais, como aqui já se recordou várias vezes [cf. 2º não é a mesma coisa que 2.º], não se confunde com a grafia do símbolo de grau angular nem com a do símbolo dos graus celsius, por exemplo. Nas ilustrações em baixo, ficam dois exemplos do desleixo (notícia do... José Mário Costa, Maria Regina Rocha · 14 de julho de 2006 · 5K
Pelourinho «Para que deixe de haver instituições» «Causas como esta e causas muito diferentes desta são importantes para que deixem de haver aquelas instituições grandes com muitas crianças, que todos nós conhecemos (…)», escreviam as jornalistas Andreia Valente e Ana Meireles, no jornal “24 Horas” de 12 de Julho p. p. Escreveram mal. Deviam ter escrito: «Causas como esta e causas muito diferentes desta são importantes para que deixe de haver aquelas instituições gr... José Mário Costa, Maria Regina Rocha · 14 de julho de 2006 · 3K
Pelourinho Isentar do imposto Frase do jornalista Paulo Solipa, da RTP, a propósito do eventual pedido de isenção de imposto a aplicar sobre os prémios atribuídos aos jogadores de selecção portuguesa de futebol: «A decisão de isentar o imposto será sempre uma decisão política.» Não se trata de “isentar o imposto”, mas de isentar alguém ou algum rendimento do imposto que lhe deveria ser aplicado. O verbo isentar significa «desobrigar», «livrar». José Mário Costa, Maria Regina Rocha · 14 de julho de 2006 · 2K
Pelourinho O seu ar decidido Frase do dirigente do CDS-PP para o primeiro-ministro português José Sócrates, no debate na Assembleia da República, no passado dia 12 de Julho: «V. Ex.ª fala do dever dos contribuintes para com o Estado, mas, claro, o mesmo princípio não se aplica ao Estado nas suas obrigações para com os cidadãos e as empresas que o financiam. E há-de convir que isso retira muita credibilidade ao seu ar decidido com que aparec... José Mário Costa, Maria Regina Rocha · 14 de julho de 2006 · 1K
Pelourinho Ai, o grama!... Ainda no mesmo jornal 3: «Ouro. Uma grama por dia, à espera que a mina volte a abrir». Pela enésima vez: grama, a milésima parte da massa do quilograma-padrão, é masculino. Nada tem que ver com a grama, de gramado. 3, “Público” de 10 de Julho p.p. João Alferes Gonçalves (1944 — 2023), José Mário Costa, Maria Regina Rocha · 10 de julho de 2006 · 2K
Pelourinho A dificuldade crescente com o conjuntivo [subjuntivo] Outra dificuldade crescente parece ser mesmo a conjugação dos verbos no conjuntivo [subjuntivo]. Veja-se esta notícia recente no “Público”: «Crise do lançamento de mísseis Tóquio não exclui ataque preventivo à Coreia do Norte O Japão reserva-se o direito de atacar preventivamente a Coreia do Norte em caso de ameaça nuclear directa, com o object... João Alferes Gonçalves (1944 — 2023), José Mário Costa, Maria Regina Rocha · 10 de julho de 2006 · 7K
Pelourinho «Decidiram-se a» + infinitivo impessoal «Pelos vistos, uns senhores em Lisboa decidiram-se por, na secretaria, tentarem condicionar e conseguir aquilo que, de outra forma, no caso concreto, de Braga, nunca conseguiram eleitoralmente. É uma enormidade, para não adjectivar de outra forma». Três erros nesta frase, dita1 pelo líder da distrital do CDS-PP... João Alferes Gonçalves (1944 — 2023), José Mário Costa, Maria Regina Rocha · 10 de julho de 2006 · 5K