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As línguas no contexto universitário

Internacionalização e mobilidade internacional, certificações em línguas e plurilinguismo

As línguas no contexto universitário
Autor(es) Luciane Boganika|Kátia Bernardon de Oliveira|Josilene Pinheiro-Mariz
Edição Revista Letras Raras , 2024

Revista Letras Raras, periódico académico de Linguística e Literatura, do Laboratório de Estudos  de Letras e Linguagens na  Contemporaneidade, da Universidade Federal de Campina Grande, no estado brasileiro da Paraíba, dedica o seu n.º 3 de 2024 à «complexa relação entre a aprendizagem de línguas e a dinâmica do ambiente acadêmico globalizado» (Apresentação). Os trabalhos coligidos distribuem-se por diferentes áreas: «internacionalização universitária, políticas linguísticas e multilinguismo, metodologias do ensino do português como língua estrangeira, elaboração didática a partir dos estudos bakhtinianos, aprendizagem do alemão através do programa Idiomas sem Fronteiras (IsF), plurilinguismo e a intercompreensão de línguas românicas» (ibidem).

O presente número compreende oito artigos, na sua maioria dedicados a questões do ensino da língua portuguesa nas universidades. Segue-se uma secção preenchida com seis entrevistas feitas a investigadores e professores universitários envolvidos no ensino e na promoção do português em várias universidades francesas (ver índice).

Neste conjunto, destacam-se os textos centrados na análise da diversidade da língua portuguesa ou das opções que se perfilam para a sua didatização e para a tomada de decisões quanto ao seu ensino no mundo académico. Contudo, no contexto do debate à volta da normativização do português nos diferentes países onde tem estatuto oficial, ganha relevo especial o artigo intitulado "A importância de não ser “pluricêntrico”: teoria e práxis da (desejada) internacionalização do português", de Davi Albuquerque, da Universidade Nankai, e de Roberto Mulinacci, da Universidade de Bolonha, autores que desafiam a adequação do termo pluricentrismo, que, segundo eles, corre o risco de ser usado acriticamente nos estudos académicos sobre a atual diversidade da língua portuguesa. Estes professores universitários defendem ainda que, do ponto de vista normativo e do modelo de língua a ensinar nas universidades, continua aceitável a ideia de o português constituir uma língua bicêntrica, com dois polos normativos bem definidos, o português e o brasileiro. 

De acesso gratuito, em linha, o dossiê revela, portanto, como a investigação brasileira em matéria de estudos literários e linguística tem grande dinamismo e se projeta internacionalmente, contribuindo para a promoção da língua portuguesa.


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