Dicionário do Falar Algarvio
Palavras, expressões e modos de dizer no Algarve
«[Andar à] rigoria» (ou seja, «andar à vontade, sem orientação», «barranha» (o mesmo que «vasilha», «jarra de barro pintada», «almotolia» ou «mulher atarracada e pouco desembaraçada»), «escândela» (= «descândela», i,e., «escândalo», no sentido de «ofensa», queixa» ou «desconsideração»), «[Dia de] charro do alto» (significando o «dia em que aos cavalheiros frequentadores de cinema era dado o direito de levar consigo uma dama sem esta pagar entrada, facilidade que era concedida sobretudo na época do Verão»), «espalaiado» («amolecido», «muito cansado»), «gacho» (com o olhar fixado no chão, «como que ruminando deslealdade»), «galaio» (espinhaço de um monte, outeirinho), linguarim» ( = «falatório»), «marafado» (ou «marfado», que está zangado ou irritado), «molhadura» ( = «gratificação», «gorjeta» ou «recompensa»), «pilharcada» ( = «fartura») e «supremo» ( usado como «repressão», «dominação»).
Exemplos, estes, de palavras, expressões e modos de dizer e de pronunciar usados exclusivamente ou com maior frequência no Algarve, compilados neste livro de 200 páginas da autoria de Eduardo Brazão Gonçalves, publicado, na 3.ª edicão, pela Algarve em Foco Editora. Inclui uma explicação, em apêndice, sobre a respetiva formação e particularidades fonéticas, morfológicas e sintáticas.
Cf. Engavelaram-se no galaio por uma barranha. Marafados! + Estudantes da UAlg contribuem para o dicionário de falar algarvio