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Textos publicados pelo autor

O nosso idioma

A linguagem do Natal

Da etimologia à pressão dos galicismos

Num texto de 1941 e retirado de Língua e Má Língua (1944), o escritor e jornalista português Agostinho de Campos (1870-1944) dava conta da etimologia do nome próprio Natal, comparando-o com os de outras línguas de origem europeia: Navidad, em castelhano; Noël, em francês; Natale, em italiano; Christmas, em inglês; Weihnachten, em alemão. Foca também a origem do vocábulo consoada, ainda hoje referente ao jantar da véspera de...

O nosso idioma

«Viagens quási maravilhosas através da linguagem»

A polissemia do adjetivo bom

«Se um estrangeiro nos perguntar à queima-roupa o que quere dizer a palavra «bom», é fácil respondermos-lhe que chamamos «bom» a tudo o que tem bondade, e «bons» às criaturas bondosas. Mas a coisa não é tão simples na língua portuguesa, e igual complicação se encontrará nas outras línguas  com as palavras correspondentes.» Com estas e outras considerações, o escritor, jornalista, pedagogo e político português Agostinho de Campos (1870-1944) evidencia a polissemia do adjetivo bom e comenta o seu uso...

O nosso idioma

O caos gráfico

Até 1911, ano da entrada em vigor da sua primeira reforma ortográfica, a língua portuguesa – como recorda o autor, na Introdução do terceiro volume da antologia Paladinos da Linguagem (ed. Livrarias Aillaud e Bertrand, 1923) – era «o único dos grandes idiomas cultos europeus que não tinha ainda o seu cânone ortográfico seguro, coerente e fixo». Reinando até aí «o puro arbítrio de cada escritor ou escrevente», a verdade é que, onze anos passados da sua adoção como lei do país,...

O nosso idioma

Dois símbolos

«Parelha de tendência do povo rude para considerar a sua língua como a única de gente, existe nele uma outra, contraditória com esta: é a facilidade infantil com que o povo esquece a própria língua, mal entra em contacto com outra, e logo passa a aprender e a estimar esta com prejuízo da sua. [...] Um deles representa a tendência purista exagerada e fechada, desejosa de fazer voltar a linguagem a modelos antigos e já mortos, tratando-a como se ela fosse uma língua morta – a única língua de gente, digna de ser embalsamada, mumificada...
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